Amazon planeja automatizar 75% da operação e pode evitar 600 mil contratações até 2033

Amazon planeja automatizar 75% da operação e pode evitar 600 mil contratações até 2033

Um documento interno indica que a Amazon planeja automatizar grande parte de suas operações logísticas nos Estados Unidos, o que pode eliminar a necessidade de contratar mais de 600 mil trabalhadores ao longo da próxima década. A projeção aparece em material apresentado a membros do conselho da companhia em 2024, cujo teor foi analisado pela imprensa. Embora a empresa descreva o arquivo como incompleto, os dados revelam metas ambiciosas: substituir processos manuais por sistemas robóticos em ritmo acelerado, alcançar 75% de automação e poupar bilhões em custos operacionais.

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Documento projeta redução expressiva da expansão da mão de obra

O registro interno aponta que, na avaliação de executivos, a automação robótica seria suficiente para impedir o crescimento do quadro de funcionários nos armazéns norte-americanos nos anos seguintes. Apenas nos Estados Unidos, até 160 mil vagas deixariam de existir até 2027. Na contagem total, considerando os planos até 2033, a empresa calcula evitar a contratação de mais de 600 mil pessoas. O texto não descreve demissões em massa, mas sugere que os robôs passariam a executar parte substancial das tarefas exercidas hoje por trabalhadores humanos, reduzindo a necessidade de novos contratos.

Metas de automação e escala operacional

Nesse planejamento, a companhia define como horizonte automatizar três quartos de toda a sua força de trabalho. Isso significa que, para cada quatro posições atualmente ocupadas por pessoas, apenas uma continuaria exigindo presença humana plena, enquanto as demais dependeriam predominantemente de sistemas robotizados. O documento detalha que essa transformação seria gradual, mas acelerada, a partir de 2025, criando uma arquitetura operacional em que robôs assumem funções de separação de pedidos, transporte interno de mercadorias e organização de estoques.

Impacto financeiro previsto

Para justificar a iniciativa, os executivos estimam economia de US$ 0,30 por item entregue. Quando projetado sobre o volume de vendas esperado entre 2025 e 2027, o ganho somaria US$ 12 bilhões, montante próximo a R$ 64 bilhões no câmbio de referência usado pela empresa. Aos olhos dos líderes corporativos, essa redução de custo logístico sustentaria preços competitivos, ampliaria margens e serviria de base para reforçar investimentos em tecnologia.

Expectativa de duplicar o volume de produtos

O mesmo relatório indica a previsão de dobrar o número de itens comercializados até 2033. Dentro dessa ótica de expansão, a discussão central não é demitir quem já está no quadro, mas evitar contratações futuras ao substituir processos manuais por soluções automatizadas. Esse raciocínio permitiria acompanhar o aumento de demanda sem inflar proporcionalmente a folha de pagamentos, já que parte das novas atividades seria absorvida por robôs.

Centros de distribuição servem de modelo piloto

Um exemplo citado é o centro de distribuição de Shreveport, na Louisiana. A unidade opera com cerca de 1 mil robôs e emprega 25% menos pessoas em comparação com estruturas convencionais de tamanho semelhante. O modelo, considerado bem-sucedido internamente, deve ser replicado em 40 instalações adicionais até 2027. Nesses armazéns, equipamentos autônomos movem estantes inteiras, direcionam pacotes e cooperam com operadores humanos em tarefas de carregamento, reduzindo o tempo necessário para expedir pedidos.

Terminologia estratégica na comunicação interna

De acordo com o material analisado, a Amazon faz ajustes de linguagem para suavizar a percepção pública sobre o avanço das máquinas. O documento substitui o termo robôs por cobots e a palavra automação por tecnologias avançadas. O vocábulo cobot, na visão da empresa, sugere colaboração em vez de substituição direta. Embora não haja orientação explícita para que executivos evitem palavras específicas em apresentações externas, a troca terminológica no texto sinaliza preocupação em associar a inovação a uma relação cooperativa entre pessoas e sistemas autônomos.

Ações planejadas para preservar a imagem corporativa

Além da estratégia lexical, o relatório menciona a intenção de promover eventos comunitários, como desfiles locais, a fim de mitigar possíveis impactos negativos em regiões que possam perder vagas. A organização avalia que iniciativas de engajamento social ajudariam a preservar seu relacionamento com as comunidades envolvidas, sobretudo onde os armazéns são relevantes para a economia regional. Esses eventos serviriam para reforçar a presença da marca e demonstrar investimento em programas locais, mesmo diante de mudanças estruturais no emprego.

Distribuição demográfica da força de trabalho

A companhia chama atenção para o fato de que trabalhadores negros estão três vezes mais representados nos armazéns em comparação com a média do restante da força de trabalho nos Estados Unidos. A automação, portanto, pode ter repercussões desproporcionais sobre esse grupo. Paralelamente, o documento aponta que o número total de funcionários da Amazon no país triplicou desde 2028, alcançando 1,2 milhão de pessoas. Esse crescimento rápido sugere que ajustes na política de contratação influenciarão um contingente significativo de colaboradores e de candidatos potenciais.

Contratações sazonais e formação técnica

Em comunicação enviada à imprensa, a empresa declarou que pretende abrir 250 mil vagas temporárias para atender a demanda do próximo período de alta nas vendas. Contudo, não detalhou quantos desses postos serão efetivados após a temporada. Paralelamente, a companhia já capacita profissionais em robótica e mecatrônica para realizar manutenção nos equipamentos, sinalizando que parte das oportunidades futuras estará voltada a perfis de maior qualificação tecnológica.

Posicionamento oficial sobre o documento

Em nota, a representação da Amazon afirmou que os arquivos visualizados pela imprensa estão incompletos e, por isso, não traduzem a estratégia global de contratação da companhia. A declaração não contesta a existência dos planos de automação, mas ressalta que outras medidas de empregabilidade estariam em estudo. Até o momento, a organização não divulgou novas projeções sobre quantos postos efetivos serão criados ou mantidos em paralelo ao avanço dos robôs.

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