Alienware 16 Aurora põe à prova a relação preço-desempenho nos portáteis gaming

A Alienware colocou no mercado o portátil de 16 polegadas Alienware 16 Aurora, apontado à gama de entrada para videojogos. O equipamento foi avaliado numa configuração que custa 1 499 dólares nos Estados Unidos e combina processador Intel Core 7 240H, gráfica Nvidia GeForce RTX 5060, 32 GB de RAM DDR5 e unidade SSD PCIe 4.0 de 1 TB.

Especificações principais

O modelo em análise é o mais acessível da série, embora existam variantes com GPUs RTX 3050, 4050 ou 5070 e opções de processador Intel Core 9 270H. A versão de base, disponível por 1 149 dólares, surge com RTX 4050 e 16 GB de memória. A ficha técnica detalhada do equipamento testado inclui:

• CPU: Intel Core 7 240H (arquitetura Raptor Lake)
• GPU: Nvidia GeForce RTX 5060
• Memória: 32 GB DDR5
• Armazenamento: SSD PCIe Gen4 de 1 TB
• Ecrã: IPS 2560 × 1600, 120 Hz, 300 nits
• Câmara: 720p
• Bateria: 94 Wh (em unidades superiores; 60 Wh nos modelos base)
• Portas: 2× USB-C 3.2 Gen 2, 2× USB-A 3.1 Gen 2, HDMI 2.1, Ethernet RJ-45, jack áudio combinado, conector de alimentação
• Conectividade sem fios: Wi-Fi 7, Bluetooth 5.4
• Dimensões e peso: 35,7 × 26,5 × 2,26 cm; 2,49 kg

Desempenho em testes sintéticos

Em medições de produtividade geral (PCMark 10), o portátil alcançou 7 068 pontos, valor inferior aos registos de equipamentos com processadores Intel Core Ultra 9 ou AMD Ryzen AI 9. Nos ensaios de CPU multithread (Cinebench R20), obteve 6 284 pontos, resultado explicado pelo número inferior de núcleos do Core 7 240H.

O benchmark gráfico 3DMark Time Spy atribuiu 10 263 pontos, ficando atrás de portáteis com GPUs de gama média-alta, mas dentro do expectável para a RTX 5060. Em jogos, Shadow of the Tomb Raider correu a 132 fps em definições altas, enquanto Metro Exodus registou 43 fps no perfil Extreme a 1080p.

Ecrã, áudio e webcam

O painel IPS de 16 polegadas oferece resolução 16:10 e taxa de 120 Hz, mas o brilho máximo de 300 nits limita a utilização em ambientes muito iluminados. A ausência de OLED ou toque reforça a natureza de gama de entrada. Os altifalantes produzirem som aceitável, embora com graves reduzidos, e a câmara HD de 720p apresenta imagem com ruído visível. Não existem sensores biométricos nem unidade NPU dedicada, o que impede funcionalidades Copilot+ ou login facial.

Construção e conectividade

A tampa em alumínio anodizado contrasta com o corpo em plástico, mas a estrutura demonstra boa rigidez. O teclado de perfil chiclete inclui numérico e desloca-se 1,4 mm, sendo acompanhado por retroiluminação branca fixa. O trackpad, em superfície plástica, responde de forma correta. A distribuição de portas coloca a maioria das ligações na traseira, facilitando a gestão de cabos; destaca-se ainda a inclusão de porta Ethernet, incomum em modelos finos.

Autonomia e arrefecimento

A bateria de 94 Wh permitiu reproduzir vídeo em ciclo durante cerca de 10 horas com o ecrã a 250 nits, tempo acima da média em equipamentos focados em gaming. O sistema de refrigeração expele ar sobretudo pela parte traseira, mantendo o teclado apenas morno durante sessões prolongadas. Mesmo em jogos exigentes, o ruído das ventoinhas manteve-se contido para a categoria.

Preço versus oferta

Com preço a aproximar-se de portáteis de gama média, o Alienware 16 Aurora apresenta alguns compromissos: CPU anterior à geração Meteor Lake, ausência de NPU e ecrã limitado em brilho. Modelos concorrentes oferecem processadores mais recentes, painéis de maior luminância ou biometria por valores similares. Dentro da própria marca, o Alienware 16X Aurora, ligeiramente mais caro, integra componentes superiores que poderão justificar o investimento adicional.

Em síntese, o Alienware 16 Aurora evidencia construção sólida e um conjunto de portas completo, mas a relação preço-desempenho coloca-o num segmento competitivo onde pequenas diferenças técnicas pesam na decisão de compra.

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Imagem: pcworld.com

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