Adeline Watkins, a verdadeira namorada de Ed Gein?

Adeline Watkins, a verdadeira namorada de Ed Gein?

Adeline Watkins, a verdadeira namorada de Ed Gein? Adeline Watkins aparece na série “Monster: A História de Ed Gein” como cúmplice do assassino, mas registros da época indicam uma conexão muito menos intensa do que a dramatizada pela Netflix.

Moradora de Plainfield, Wisconsin, Watkins ganhou destaque em 1957, logo após a prisão de Ed Gein, ao dizer à imprensa que namorara o criminoso por quase 20 anos. Em entrevistas iniciais, descreveu-o como “bom, gentil e doce” e afirmou que ambos discutiam livros e crimes. Pouco depois, porém, a própria Adeline recuou: revelou que o envolvimento durou menos de um ano, com encontros esporádicos e idas ao cinema, negando qualquer participação nos homicídios.

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Adeline Watkins, a verdadeira namorada de Ed Gein?

Os relatos contrastam com o silêncio de Gein. Nem à polícia nem à mídia o assassino citou o suposto romance, reforçando que a proximidade entre os dois era, no máximo, superficial. Em artigo publicado pelo Minneapolis Tribune e republicado pelo Wisconsin State Journal, Watkins chegou a dizer que Gein lhe fez um “pedido simbólico” de casamento em 1955, proposta que ela recusou alegando não se sentir preparada para corresponder às expectativas dele.

Relação real versus representação na Netflix

Na versão televisiva, a personagem interpretada por Suzanna Son surge como figura sedutora, que incentiva e, por vezes, acompanha Gein em seus atos macabros. Críticos apontam, contudo, que a produção sugere tratar-se de uma alucinação do protagonista: Adeline não envelhece, surge apenas em momentos de delírio e raramente interage com o ambiente. A dramatização contrasta com o histórico oficial, que mostra Watkins como uma conhecida ocasional, sem qualquer indício de cumplicidade.

Fontes confirmam inverossimilhança do romance longo

Pesquisadores especializados em crimes reais, como os citados na Enciclopédia Britannica, não identificam provas de um namoro duradouro. Segundo eles, a maior parte do que se sabe sobre Gein provém de registros policiais, depoimentos de vizinhos e laudos psiquiátricos — documentos nos quais Adeline Watkins sequer é mencionada. Dessa forma, qualquer ligação direta com os assassinatos permanece sem fundamento.

Em entrevistas posteriores ao Stevens Point Daily Journal, a própria Watkins ratificou essa versão abreviada do relacionamento, admitindo que nunca visitou a casa onde Gein mantinha restos humanos e um altar macabro dedicado à mãe, Augusta Gein. A declaração reforça que o contato, embora real, não passou de encontros sociais isolados.

Em resumo, a figura de Adeline Watkins existe, mas a narrativa de um relacionamento longo e influente carece de comprovação. A Netflix opta por amplificar a história para fins dramáticos, enquanto os registros históricos sugerem um breve namoro sem envolvimento nos crimes.

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Crédito: Netflix (reprodução)

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