Acordo TikTok: EUA e China definem estrutura de venda

Acordo TikTok ganha novo impulso após o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos confirmar que Washington e Pequim chegaram a uma estrutura preliminar para a venda das operações norte-americanas da plataforma de vídeos curtos.

A negociação, conduzida em Madri, foi anunciada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, que afirmou que os termos comerciais atendem às preocupações de segurança nacional dos EUA. O prazo para a ByteDance vender sua filial americana termina em 17 de setembro, quando expira a quarta prorrogação do banimento aprovado pela Suprema Corte em janeiro.

Acordo TikTok: EUA e China definem estrutura de venda

Segundo Bessent, a ameaça de desligamento do aplicativo convenceu a delegação chinesa a recuar da exigência de redução de tarifas em troca da alienação. O entendimento ainda depende da ratificação dos presidentes Joe Biden e Xi Jinping, prevista para esta sexta-feira. Do lado chinês, o vice-primeiro-ministro Li Chenggang reforçou que nenhum pacto será fechado “às custas dos interesses das empresas chinesas”.

Em publicação na Truth Social, Biden classificou as conversas como “muito produtivas”. Pequim confirmou o “acordo-quadro”, mas enfatizou que analisará detalhadamente a versão final antes de assiná-la. Enquanto isso, a ByteDance sustenta que sua operação nos EUA é independente e jamais compartilhou dados com o governo chinês.

Nos bastidores, permanece a incerteza sobre quem comandará o algoritmo de recomendação do TikTok e onde os dados dos 170 milhões de usuários americanos serão armazenados. Para Sarah Kreps, diretora do Tech Policy Institute da Universidade Cornell, sem auditorias externas e criptografia doméstica, “o risco é resolver a propriedade no papel e manter vulnerabilidades intactas”.

Análises de especialistas apontam que a possível transferência do algoritmo depende de aval de Pequim, razão pela qual o tema foi incorporado às tratativas comerciais mais amplas. Jim Secreto, ex-assessor de segurança nacional, avalia que, se as preocupações forem sanadas, “o acordo representará um avanço significativo”, já que a ByteDance é hoje uma das maiores empresas de IA da China.

Até o momento, nomes como o cofundador da Oracle, Larry Ellison, o criador do YouTube MrBeast e o investidor bilionário Frank McCourt foram cogitados como compradores. Caso não haja consenso, o aplicativo poderá ser retirado das lojas virtuais e deixar de funcionar em território americano.

Mais detalhes sobre o andamento das negociações podem ser acompanhados na cobertura da agência Reuters, reconhecida internacionalmente pela confiabilidade em assuntos econômicos e diplomáticos.

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Crédito da imagem: Reuters

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