Acordo TikTok entre EUA e China ganhou forma neste fim de semana, após Washington e Pequim chegarem a um entendimento preliminar sobre a futura propriedade da plataforma de vídeos curtos, segundo o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent.
Bessent informou, em coletiva depois da quarta rodada de negociações comerciais em Madri, que o objetivo é transferir o controle do aplicativo para investidores dos Estados Unidos. O secretário afirmou que “os termos comerciais já foram acertados entre as partes privadas”, mas evitou revelar detalhes.
Acordo TikTok entre EUA e China avança com novo marco
De acordo com Bessent, o presidente Donald Trump e o premiê chinês Xi Jinping têm uma conversa marcada para sexta-feira, na qual podem selar oficialmente o quadro do trato. O representante comercial chinês, Li Chenggang, confirmou à agência Xinhua que houve “consenso básico” para resolver a questão do TikTok de forma cooperativa, reduzir barreiras a investimentos e impulsionar a cooperação econômica.
O encontro em Madri foi o quarto desde que Trump iniciou a guerra tarifária em abril. Um quinto diálogo deve ocorrer nas próximas semanas, e ambos os governos planejam uma eventual cúpula ainda este ano ou no começo do próximo para consolidar um acordo comercial mais amplo.
Paralelamente, o prazo legal imposto pelo Congresso norte-americano para que a ByteDance venda sua participação majoritária expira nesta quarta-feira. Embora a lei permita apenas uma extensão de 90 dias, Trump já prorrogou o limite diversas vezes e afirma poder adiar a proibição “indefinidamente”.
Fundada em 2012 por Zhang Yiming, a ByteDance lançou o TikTok após o sucesso do Douyin na China e da aquisição do Musical.ly. A popularidade global da rede cresceu exponencialmente durante a pandemia, mas autoridades dos EUA alegam riscos de segurança por causa de leis chinesas que exigem compartilhamento de dados com o governo e pelo algoritmo proprietário da empresa.
Analistas observam que questões como tarifas pendentes podem retardar a visita de Xi aos Estados Unidos, embora ambas as partes se mostrem otimistas. Para entender o histórico dos impasses comerciais, confira a cobertura da Reuters, considerada referência no acompanhamento das negociações.
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Crédito da imagem: Global News / reprodução