Acordo de paz de Trump para Rússia e Ucrânia
Acordo de paz de Trump para Rússia e Ucrânia
Acordo de paz de Trump para Rússia e Ucrânia domina o cenário diplomático após a reunião de quase três horas entre o presidente dos Estados Unidos e Vladimir Putin, em Anchorage, sem que um cessar-fogo fosse firmado.
Acordo de paz de Trump para Rússia e Ucrânia
De volta a Washington, Donald Trump afirmou na rede Truth Social que “um tratado de paz duradouro é preferível a um cessar-fogo, que muitas vezes não se sustenta”. Segundo o republicano, tanto Putin quanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky concordaram que a prioridade é um acordo definitivo para encerrar a guerra iniciada pela Rússia há mais de três anos.
Trump relatou ter conversado por telefone com Zelensky ainda a bordo do Air Force One, logo após deixar o Alasca. O líder ucraniano confirmou a chamada e informou que viajará a Washington na segunda-feira para discutir detalhes de um possível trilateral com participação de Putin. Caso “tudo corra bem”, disse Trump, um novo encontro presencial com o chefe do Kremlin será agendado.
A cúpula em Anchorage foi marcada por forte cerimônia: Putin, alvo de mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional, desembarcou em tapete vermelho e compartilhou a limusine presidencial, “The Beast”, com Trump. Apesar do roteiro meticulosamente ensaiado, ambos apareceram depois de menos de três horas apenas para uma declaração conjunta, sem perguntas.
Putin reforçou que “as causas raiz do conflito” precisam ser eliminadas, expressão que mantém sua exigência de retirada ucraniana das regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, além da desistência de Kiev de ingressar na Otan. Zelensky voltou a descartar qualquer cessão territorial, alertando que isso “abriria caminho para novas ofensivas russas”.
Em entrevista posterior à BBC News, Trump considerou a reunião “muito boa” e sinalizou que sanções mais duras contra Moscou, antes ameaçadas, podem ser reavaliadas nas próximas semanas, dependendo do avanço das negociações.
Entre os aliados europeus, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, participou da ligação coletiva promovida por Trump no voo de retorno. Segundo Zelensky, houve “sinais positivos” sobre garantias de segurança à Ucrânia, ponto que a União Europeia considera essencial para qualquer acordo final.
Analistas veem a ausência de um cessar-fogo como alívio temporário para Kiev, que evita conceder territórios, mas também como risco, pois prolonga uma guerra de alta intensidade. Resta saber se a proposta de tratado de paz sustentará o ímpeto diplomático gerado no Alasca.
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Crédito da imagem: BBC

Imagem: Internet