A Hora do Mal explica desaparecimento de crianças e revela ritual macabro
O novo filme de terror “A Hora do Mal” volta a reunir o realizador Zach Cregger e o público que o conheceu em “Noites Brutais”. A longa-metragem acompanha o enigma do desaparecimento colectivo de uma turma do terceiro ano, deixando apenas um aluno nas salas de aula e levantando dúvidas na comunidade escolar.
Desaparecimento em massa às 2:17
Os factos principais surgem logo no início: todas as crianças de uma mesma turma abandonam as respectivas casas precisamente às 2:17 da madrugada, sem deixar pistas. A excepção é Alex, que comparece normalmente no dia seguinte. O incidente mobiliza a professora Justine, que tenta compreender o que ocorreu, e envolve o pai de um dos alunos desaparecidos, Archer, decidido a encontrar respostas.
Durante a investigação, Justine depara-se com os pais de Alex num estado catatónico. A situação agrava-se quando, em vez dos responsáveis legais, surge na escola uma mulher idosa que se apresenta como Gladys, alegada tia do rapaz. O director concorda em receber um dos pais na semana seguinte, mas o fim-de-semana que se segue expõe um cenário mais sombrio do que o previsto.
Rituais controlam pais, professores e alunos
Gladys visita a casa do director Andrew e do marido Terry. No local, recorre a galhos espinhosos, cortes na própria mão e uma tigela de água para executar um ritual. Ao misturar sangue e cabelos das vítimas, Gladys adquire controlo físico sobre Andrew, que, sem vontade própria, assassina Terry. O mesmo processo é repetido com uma madeixa de Justine, convertendo a professora no alvo seguinte.
Com o apoio fortuito de Archer num posto de combustível, Justine consegue escapar. Entretanto, o atropelamento mortal do director Marcus reforça a gravidade da ameaça. As peças começam a encaixar-se quando o filme muda de perspetiva e apresenta a versão de Alex acerca dos acontecimentos.
Revelação no porão
Segundo o rapaz, a idosa chegou à casa da família debilitada por doença terminal. Utilizando os mesmos ramos mágicos, manteve os pais de Alex em transe e coagiu o garoto a recolher pertences pessoais dos colegas. Com esses objectos, chamou todas as crianças para o porão, onde passaram a servir como fonte de vitalidade.
Embora o argumento não explicite de forma detalhada o motivo exacto, os indícios apontam para o prolongamento da vida de Gladys através da energia das vítimas. Percebendo que o cerco se apertava, a idosa preparou os prisioneiros — incluindo os pais de Alex, o polícia Paul e o jovem James — para enfrentarem qualquer intruso.
Clímax e consequências
Na cena final, Alex consegue inverter o feitiço, conduzindo as crianças a perseguirem Gladys pelas ruas. A fuga termina de forma violenta, com a idosa despedaçada pelo grupo que mantinha encarcerado. Libertadas, as crianças ficam imóveis, sem reacção imediata, até serem localizadas pelos pais.
O epílogo adianta que, com o tempo, algumas retomam a fala e regressam à rotina. Os pais de Alex não recuperam do estado catatónico, obrigando o menor a viver com outra tia, desta vez fora de perigo. O filme encerra sem detalhar o alcance total da magia, mas sublinha as marcas psicológicas deixadas na comunidade.
“A Hora do Mal” está actualmente em exibição nas salas de cinema e já reúne elogios dentro do género terror pela abordagem multi-perspectiva e pela condução tensa dos eventos que culminam no ritual de Gladys.

Imagem: tecmundo.com.br