Nova Toyota Hilux elétrica será produzida em 2025 e estreia em 2026 com bateria de 59,2 kWh

O nome Hilux passa a integrar oficialmente a linha global de veículos elétricos a bateria da Toyota. A montadora anunciou que iniciará a produção de uma nova versão 100% elétrica da picape em 2025, com chegada ao mercado projetada para 2026. Paralelamente, há um desenvolvimento em andamento para uma Hilux alimentada por célula de combustível de hidrogênio, cuja estreia está planejada para 2028.

Quem está por trás do projeto

A iniciativa parte da própria Toyota, fabricante responsável por colocar no mercado uma das picapes médias mais conhecidas do mundo. A companhia pretende manter a reputação de robustez associada ao modelo enquanto introduz a propulsão elétrica, dando continuidade à estratégia de diversificação de tecnologias de motorização.

O que muda na Hilux 100% elétrica

O principal elemento da nova configuração é o sistema de propulsão baseado em uma bateria de íon-lítio de 59,2 kWh. O conjunto alimenta dois eixos elétricos: um dianteiro com torque de 205 Nm e outro traseiro com 268,6 Nm. A combinação garante tração nas quatro rodas sem recorrer a componentes mecânicos tradicionais, característica que permite preservar a reputação off-road do modelo.

De acordo com dados preliminares divulgados pela fabricante, a picape elétrica oferecerá autonomia de 240 km em uma única carga, carga útil aproximada de 715 kg e capacidade de reboque de até 1.600 kg. Esses números representam os parâmetros de desempenho base que a Toyota pretende alcançar nesta primeira geração totalmente elétrica.

Quando a novidade chega ao mercado

A produção em série está programada para começar no ano que vem, enquanto o lançamento comercial está previsto para ocorrer em 2026. A marca não especificou em quais mercados a estreia acontecerá primeiro, mas confirmou que o Brasil não figura, por enquanto, no roteiro de lançamentos.

Onde a Hilux elétrica será oferecida

A Toyota sinalizou que a versão a bateria estará disponível em mercados selecionados. Embora a lista completa não tenha sido divulgada, a ausência de previsão para o Brasil indica que a matriz priorizará regiões onde a infraestrutura de recarga e a demanda por veículos elétricos já estejam mais consolidadas.

Como a engenharia preserva a robustez

O chassi de longarinas, marca registrada da Hilux, permanece inalterado. Esse tipo de estrutura oferece alta resistência à torção e é decisivo para carga útil e capacidade de reboque, requisitos fundamentais em uma picape média. A Toyota informa que a bateria foi protegida contra impactos e contra a intrusão de água, garantindo segurança em trilhas, passagens alagadas ou terrenos irregulares.

Além disso, esta é a primeira Hilux a incorporar direção assistida elétrica. O recurso promete facilitar manobras em baixa velocidade e reduzir o risco de contragolpe no volante ao trafegar em solos acidentados, algo recorrente em uso off-road.

Por que a Toyota aposta na eletrificação da Hilux

Segundo comunicado da empresa, a adoção de propulsão elétrica oferece uma inovação transformadora ao modelo sem comprometer as qualidades de qualidade, durabilidade e confiabilidade — atributos historicamente associados à Hilux. Embora o documento não detalhe metas de emissões, a mudança alinha-se à estratégia global da fabricante de ampliar a oferta de soluções com menor ou zero emissão de poluentes.

Design exterior desenvolvido sob o tema “Robusto e Ágil”

A identidade visual do modelo foi atualizada. A frente ganhou novos faróis unidos por uma barra central onde o nome Toyota aparece em estilo clássico. Na variante elétrica, o pacote aerodinâmico elimina a grade tradicional, ao mesmo tempo em que apresenta rodas de liga leve exclusivas. A caçamba incorpora um degrau adicional para facilitar o acesso, e algumas configurações trazem estribos laterais redesenhados.

Com a nova geração, a Hilux passa a ser ofertada apenas na carroceria Cabine Dupla. Essa padronização simplifica a linha e prioriza o espaço interno, tanto para passageiros quanto para eventual armazenamento de equipamentos.

Cabine inspirada no novo Land Cruiser

O console central adota desenho horizontal, onde se destaca um painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas, configurável conforme a preferência do motorista. Ao centro, uma tela multimídia sensível ao toque concentra funções de navegação, entretenimento e ajustes do veículo. O seletor de marchas eletrônico de ação única, específico da versão BEV, substitui a alavanca tradicional.

Para conveniência, a picape elétrica oferece carregador sem fio para dispositivos móveis e portas USB adicionais na parte traseira da cabine. Esses elementos aumentam a funcionalidade, sobretudo em trajetos longos ou em uso comercial.

Conectividade via aplicativo MyToyota

Proprietários poderão acompanhar uma série de parâmetros à distância. Por meio do aplicativo MyToyota, é possível checar localização do veículo, nível de combustível (quando aplicável), status de carregamento da bateria e analisar histórico de viagens. O recurso amplia o controle sobre o uso diário e otimiza o planejamento de rotas ou recargas.

Pacote avançado de segurança e assistência ao motorista

A nova Hilux incorpora uma evolução do Toyota Safety Sense, que agora inclui Supressão de Aceleração em Baixa Velocidade, Assistência Proativa à Condução e Sistema de Parada de Emergência. Entre as novidades adicionais estão monitor de ponto cego, assistente de saída segura e câmera de monitoramento do motorista.

Para uso fora de estrada, o Multi-Terrain Select ajusta automaticamente a resposta do veículo a diferentes superfícies. Já o Multi-Terrain Monitor auxilia no posicionamento em obstáculos, enquanto o Monitor de Visão Panorâmica facilita manobras em vias urbanas ou estacionamentos apertados.

Outras motorizações previstas para mercados específicos

Além da configuração elétrica, a Toyota manterá opções tradicionais e híbridas leves. Em determinados países, a picape será oferecida com motor turbodiesel de 2,8 litros, bem como versões que combinam esse propulsor a sistemas de 48 V. Também haverá uma variação que integra motor a gasolina de 2,7 litros com módulo híbrido leve. A combinação de ofertas visa atender diferentes legislações de emissões e preferências regionais.

Hilux movida a célula de combustível de hidrogênio para 2028

O cronograma divulgado inclui ainda uma Hilux equipada com tecnologia de célula de combustível, cujo lançamento está estimado para 2028. Embora detalhes técnicos não tenham sido revelados, a informação confirma que a Toyota vê a plataforma da picape como base para múltiplas soluções de motorização zero emissão.

Resumo dos principais números divulgados

Bateria: 59,2 kWh de íon-lítio
Torque: 205 Nm (dianteiro) + 268,6 Nm (traseiro)
Autonomia estimada: 240 km
Carga útil aproximada: 715 kg
Capacidade de reboque: 1.600 kg
Início de produção: 2025
Lançamento comercial: 2026

Com esses dados, a Toyota reforça a transição da Hilux para a era da eletrificação, preservando elementos de robustez e versatilidade que definem a trajetória da picape desde seu lançamento original.