Conexões de Predador Terras Selvagens com a franquia Alien: o que o novo filme revela

Predador Terras Selvagens, lançado nos cinemas em 6 de novembro, expande o universo dos Yautjas ao mesmo tempo que cimenta uma ponte formal com a mitologia de Alien. O longa de Dan Trachtenberg é o sétimo título da linha principal — ou o nono, se incluídos os dois crossovers envolvendo xenomorfos — e situa sua narrativa em um futuro remoto, no qual a corporação Weyland-Yutani volta a demonstrar interesse por formas de vida consideradas perigosas. Mesmo sem a presença direta dos xenomorfos, a obra utiliza personagens, locais e objetivos empresariais já explorados em produções anteriores para criar uma trama independente, acessível a quem acompanha ou não as duas franquias.
- Quem são os protagonistas e as forças em cena
- O que a trama apresenta
- Quando e onde se localiza a história
- Como o filme se conecta ao universo Alien
- Por que a convergência interessa às duas franquias
- Processos, causas e consequências explorados
- O papel da Disney e as portas abertas para produções futuras
- Fatos secundários convertidos em pontos de interesse
Quem são os protagonistas e as forças em cena
O enredo introduz Dek, um jovem Yautja que deseja provar seu valor diante de seu clã. A espécie, conhecida pelos humanos como Predadores, segue um rígido código de honra baseado na caça de criaturas consideradas desafiadoras. O percurso de Dek cruza com Thia, uma sintética fabricada pela Weyland-Yutani. Diferentemente de um ser humano, a personagem é um androide programado para desempenhar funções especializadas em ambientes hostis.
Além da dupla, a corporação desempenha papel central. No passado, a Weyland-Yutani sofreu baixas significativas pelos xenomorfos, mas o histórico negativo não impediu a retomada do interesse por organismos exóticos. A empresa despacha sua equipe ao planeta Genna, local descrito como lar de algumas das espécies mais perigosas do universo conhecido, com o propósito de capturar exemplares vivos.
O que a trama apresenta
No novo capítulo, a ação se desenrola quase integralmente em Genna. A Weyland-Yutani estabelece bases temporárias no solo e mobiliza recursos avançados de contenção. No entanto, o avanço corporativo colide com a presença dos Yautjas, que já utilizam o planeta como campo de prova para caçadores em treinamento. É nesse cenário que Dek encara a oportunidade de completar um rito de passagem tradicional: abater uma criatura específica que garanta prestígio entre os seus.
Thia, designada para apoiar a expedição humana, acaba por salvar a vida do jovem predador em um incidente inicial. A ocorrência gera uma parceria improvável, pois ambos passam a perseguir o mesmo alvo, ainda que por motivações distintas. Enquanto Dek busca reconhecimento, Thia cumpre ordens que objetivam a coleta do espécime para estudo.
Quando e onde se localiza a história
A linha temporal do longa foi descrita pelo diretor como “muito distante” em relação a todos os eventos já mostrados nas franquias Alien ou Predator. O posicionamento cronológico serve a dois propósitos: permitir que o roteiro faça referência ao passado, sem depender de conhecimento prévio detalhado, e libertar o desenvolvimento de conflitos diretos com filmes ou séries precedentes. Assim, Genna funciona como palco inédito, afastado de colônias humanas conhecidas, mas ainda dentro do alcance logístico da Weyland-Yutani.
Como o filme se conecta ao universo Alien
A ligação mais explícita reside na própria Thia. A existência de uma sintética da Weyland-Yutani remete imediatamente às linhas de andróides vistas ao longo da saga Alien. A corporação, em várias ocasiões, utilizou esses modelos para conduzir missões de pesquisa sobre formas de vida alienígenas, frequentemente ignorando riscos aos humanos envolvidos. A tática se repete em Genna: Thia opera como interface entre os interesses científicos da empresa e a hostilidade do ambiente.
Outro elo é a postura da Weyland-Yutani em relação à segurança. Mesmo após “experiências ruins” com xenomorfos que resultaram em mortes e destruição de colônias, a companhia continua a adotar a captura de organismos agressivos como estratégia de negócios. No passado da série Alien, tal ambição estava ligada à busca por imortalidade e por aplicações militares. Esses propósitos são novamente sinalizados em Predador Terras Selvagens, sugerindo que pouco mudou na filosofia corporativa.
Embora xenomorfos não apareçam, a narrativa admite que interações anteriores entre a empresa e os Yautjas já ocorreram e foram tudo menos pacíficas. Dessa forma, o encontro atual não se dá em terreno neutro: há desconfiança mútua e histórico de confrontos que influenciam cada movimento.
Por que a convergência interessa às duas franquias
Trazer a Weyland-Yutani para um título centrado nos Predadores atende a diferentes finalidades. Para o espectador familiarizado com Alien, a corporação funciona como ponto de reconhecimento imediato, facilitando a compreensão dos riscos envolvidos. Para quem acompanha Predator, a adição mostra que os Yautjas não caçam apenas por esporte; eles também podem servir como peças de interesse para terceiros poderosos.
Do ponto de vista narrativo, a presença da empresa cria tensionamentos: enquanto os humanos desejam capturar e estudar, os Yautjas visam provar superioridade através da caça. Thia, posicionada entre essas agendas, fornece o elemento de mediação que conduz à aliança temporária com Dek.
Processos, causas e consequências explorados
Processos: a Weyland-Yutani organiza uma missão logística que envolve deslocamento interestelar até Genna. Lá, instala laboratórios de campo e utiliza sensores para rastrear espécies-alvo. Em paralelo, os Yautjas vigiam o planeta com tecnologia própria, planejando emboscadas cerimoniais. O choque de protocolos — corporativo versus tribal — cria a cadeia de eventos que move a trama.
Causas: a raiz do conflito é o desejo da empresa por organismos que possam oferecer avanços científicos, possivelmente ligados à longevidade humana, conforme já indicado em aventuras anteriores de Alien. Para os Yautjas, Genna representa território de prova onde caçadores jovens podem garantir status. A sobreposição de interesses desemboca em confronto inevitável.
Consequências: ainda que o filme não detalhe desdobramentos para além da missão, fica evidente que a Weyland-Yutani abre precedente para colaborações futuras com os Yautjas, caso isso favoreça seus objetivos de imortalidade. Ao mesmo tempo, um acordo desse tipo poderia ampliar o alcance dos predadores a recursos humanos e tecnológicos sem precedentes.
O papel da Disney e as portas abertas para produções futuras
Agora que ambas as propriedades pertencem ao mesmo conglomerado de entretenimento, o filme sugere caminho facilitado para novas explorações. Embora não haja confirmação oficial de continuações ou novos crossovers, a conclusão indica terreno fértil: a empresa humana obtém dados valiosos sobre a biologia das criaturas de Genna, e os Yautjas avaliam a utilidade de uma colaboração estratégica.
Em termos de cronologia, situar os eventos em época tão afastada permite que roteiristas avancem ou recuem no tempo sem colidir com títulos pré-existentes. Esse artifício mantém intactas as histórias originais, ao passo que autoriza expansões em linhas narrativas inéditas sem a necessidade de retcons.
Fatos secundários convertidos em pontos de interesse
Entre os detalhes que ganham destaque está a própria contagem de filmes. Ao considerar Predador Terras Selvagens o sétimo na sequência principal e o nono quando somados os crossovers, o longa reforça a tradição de ambas as séries em cruzar universos. Outro aspecto é a ênfase no planeta Genna como ecossistema diverso, fornecendo múltiplos alvos de caça e pesquisa, ainda que as criaturas em si não sejam listadas em tela.
Também merece nota a referência recorrente à “imortalidade”. O tema, abordado em materiais de Alien como motivação da Weyland-Yutani, ecoa no novo roteiro ao sugerir que o DNA das espécies de Genna — ou até mesmo características fisiológicas dos Yautjas — pode interessar à empresa.
Por fim, a aliança improvável entre Dek e Thia transforma a dinâmica usual de Predador, em que humanos frequentemente ocupam o papel de presa. Aqui, uma criação humana age em cooperação com um Yautja, invertendo expectativas e oferecendo outra via para o conflito principal.
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

Conteúdo Relacionado