Alerta severo em São Paulo: ciclone extratropical traz chuva intensa e ventos de até 115 km/h no fim de semana

A Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu um alerta severo à população paulista na noite de sexta-feira, 7 de junho, informando sobre a chegada de condições meteorológicas adversas no fim de semana. O comunicado, disparado duas vezes por meio do sistema Cell Broadcast, ressalta a formação de um ciclone extratropical na costa sudeste que poderá provocar chuvas intensas, rajadas de vento acima de 100 km/h e possibilidade de granizo em diversas regiões até sábado, 8 de junho.
- Quem emitiu o alerta e como a população foi informada
- Por que o alerta foi disparado: a formação de um ciclone extratropical
- Regiões sob maior risco
- Projeção de ventos extremos por área
- Previsão de chuva acumulada
- Ações de prevenção e órgãos mobilizados
- Orientações de segurança ao cidadão
- Condições previstas para a capital e para o domingo
- Integração regional e perspectiva de impacto
Quem emitiu o alerta e como a população foi informada
O aviso partiu da Defesa Civil estadual às 19h40 e foi reenviado às 20h54 do mesmo dia. Pelo Cell Broadcast, toda pessoa com aparelho móvel nas áreas definidas recebeu a mensagem sem necessidade de cadastro prévio. O órgão orientou que moradores evitem locais abertos, busquem abrigo e acompanhem atualizações pelos canais oficiais. Segundo a Major PM Michele César, diretora de Monitoramento e Alerta, o objetivo é reduzir riscos antes que o evento climático se intensifique.
Por que o alerta foi disparado: a formação de um ciclone extratropical
Conforme a Defesa Civil, o ciclone se formou na região Sul do país e avança em direção ao Sudeste. A chegada do sistema entre a noite de sexta e a madrugada de sábado potencializa áreas de instabilidade, reunindo três fatores descritos pelo órgão: calor pré-frontal, avanço de frente fria e circulação do próprio ciclone. Essa combinação gera tempestades severas, com granizo isolado, alta frequência de descargas elétricas e rajadas de vento extremas. Há ainda risco de microexplosões, conhecidas como downbursts, que podem atingir o solo com velocidades de até 200 km/h, embora tais ocorrências sejam pontuais.
Regiões sob maior risco
O alerta engloba a faixa leste do estado, contemplando Grande São Paulo, Vale do Paraíba, Vale do Ribeira, Itapeva, Sorocaba, litoral norte, litoral sul, Baixada Santista e região de Campinas. Além dessas áreas, a Defesa Civil estendeu a atenção a Presidente Prudente, Marília, Araçatuba, São José do Rio Preto, Barretos, Franca, Ribeirão Preto, Bauru e Araraquara. A abrangência estadual reflete a progressão do ciclone, que já provocou estragos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e atualmente atua no Paraná.
Projeção de ventos extremos por área
As rajadas previstas ultrapassam os patamares capazes de causar danos significativos em zonas urbanas e litorâneas. O órgão detalhou velocidades máximas prováveis em cada faixa:
• 115 km/h no litoral norte;
• 110 km/h na Baixada Santista, Vale do Ribeira e região de Itapeva;
• 100 km/h na Região Metropolitana de São Paulo, Campinas, Sorocaba, Vale do Paraíba e Serra da Mantiqueira;
• 95 km/h nas regiões de Presidente Prudente, Marília, Araçatuba, São José do Rio Preto, Barretos, Franca, Ribeirão Preto, Bauru e Araraquara.
Para efeito comparativo, ventos acima de 70 km/h já são suficientes para derrubar árvores e destelhar edificações. Dessa forma, as velocidades estimadas podem potencializar quedas de estruturas, comprometer redes elétricas e dificultar deslocamentos em rodovias.
Previsão de chuva acumulada
O volume de precipitação também varia conforme o local. A Defesa Civil classificou o potencial acumulado em três faixas:
Acumulado muito alto: Presidente Prudente e Marília;
Acumulado alto: Araçatuba, São José do Rio Preto, Barretos, Franca, Ribeirão Preto, Bauru e Araraquara;
Acumulado médio: Região Metropolitana de São Paulo, Vale do Ribeira, Itapeva, Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Baixada Santista e Litoral Norte.
Apesar de não divulgar valores numéricos, o órgão enfatiza que aguaceiros intensos podem provocar alagamentos, enxurradas rápidas e deslizamentos de terra, sobretudo em áreas de encosta ou com drenagem comprometida.
Ações de prevenção e órgãos mobilizados
Com o risco elevado, o Gabinete de Crise estadual foi mobilizado. Bombeiros, Agência Reguladora de Transportes de São Paulo (ARTESP), Fundo Social, SP Águas, Sabesp e concessionárias de energia e gás integram o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) estadual neste sábado, dia de maior preocupação. Em escala regional, os Centros de Monitoramento das Defesas Civis de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro compartilham informações em tempo real para ajustar ações preventivas e de resposta.
Orientações de segurança ao cidadão
O protocolo oficial lista cuidados essenciais enquanto durar a instabilidade:
• Evitar áreas arborizadas e não estacionar veículos sob árvores;
• Recolher objetos soltos em varandas e quintais que possam ser arremessados pelo vento;
• Durante tempestades com descargas elétricas, manter distância de áreas abertas, estruturas metálicas e contato com água;
• Nunca atravessar pontos alagados, mesmo em trechos aparentemente rasos;
• Caso um fio energizado caia sobre o veículo, permanecer dentro do carro e acionar os Bombeiros;
• Em emergências, ligar para a Defesa Civil (199) ou Corpo de Bombeiros (193);
• Cadastrar o número do celular para receber alertas enviando o CEP por SMS para 40199.
Condições previstas para a capital e para o domingo
A cidade de São Paulo deve registrar chuva de curta duração ao longo de sábado, com termômetros oscilando entre 16 °C e 26 °C. O Climatempo prevê sol nas primeiras horas, aumento de nebulosidade à tarde e intensificação da instabilidade à noite. No domingo, 9 de junho, a tendência se mantém, porém com menor volume de chuva e temperaturas entre 15 °C e 21 °C. O meteorologista Cesar Soares, da mesma instituição, reforça que rajadas continuarão presentes em todo o estado em razão do sistema ciclônico.
Integração regional e perspectiva de impacto
Enquanto o ciclone se desloca pelo Sudeste, os estados afetados operam de forma integrada para minimizar danos. A passagem do fenômeno já exigiu ações emergenciais no Sul do país e, segundo a Defesa Civil paulista, a preparação prévia pretende evitar longos períodos sem energia elétrica, bloqueios em rodovias e isolamento de comunidades. A população é orientada a manter atenção contínua às atualizações oficiais, pois a intensidade dos eventos pode variar conforme o avanço do sistema atmosférico.
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