Programa de afiliados do YouTube Shopping estreia no Brasil e inclui Mercado Livre e Shopee

Programa de afiliados do YouTube Shopping estreia no Brasil e inclui Mercado Livre e Shopee

O YouTube oficializou, nesta semana, o lançamento do Programa de Afiliados do recurso Shopping no Brasil. A novidade passa a valer para todos os criadores que atendem aos requisitos mínimos estipulados pela plataforma e, na prática, abre a possibilidade de monetizar vídeos, Shorts e transmissões ao vivo por meio da indicação direta de produtos vendidos por grandes varejistas digitais. Mercado Livre e Shopee são, até o momento, as duas primeiras parceiras comerciais locais.

Índice

O que é o Programa de Afiliados do YouTube Shopping

O YouTube Shopping, funcionalidade que permite a venda de itens dentro da própria plataforma, foi liberado no país no mês passado. Com a expansão anunciada agora, o ecossistema ganha uma nova camada de monetização: a afiliação. Nesse modelo, o criador escolhe produtos de marcas parceiras, insere marcações interativas em seus conteúdos e, sempre que um espectador clicar e concluir a compra, o responsável pelo canal recebe uma comissão previamente definida.

A proposta, segundo a equipe responsável pelo serviço, é conectar três pontos centrais da experiência de consumo digital: o entretenimento oferecido pelos vídeos, a conveniência da compra integrada e o incentivo financeiro aos produtores de conteúdo. O mecanismo consolida tendências de live commerce já observadas em outras redes sociais, porém dentro de uma plataforma que possui base consolidada de audiência e infraestrutura de pagamento própria.

Requisitos para participar

A elegibilidade foi estruturada para abranger canais de médio e grande porte, mas sem restringir totalmente os criadores emergentes. Para solicitar a adesão ao programa, é necessário:

• Ter, no mínimo, 5 mil inscritos;

• Residir no Brasil;

• Já integrar o Programa de Parcerias do YouTube (YPP).

Mesmo que o canal atenda a esses três pontos, há exceções previstas. Canais identificados como conteúdo para crianças, perfis oficiais de artistas e espaços vinculados a parceiros musicais não podem participar. A medida busca alinhar a iniciativa às políticas de publicidade da plataforma e evitar inserções comerciais em produções voltadas ao público infantil.

Etapas de adesão dentro do YouTube Studio

O processo de inscrição é feito inteiramente no YouTube Studio. Após acessar a área de gerenciamento, o criador deve seguir o caminho Monetização > Compras (Shopping) > Começar. Na sequência, a plataforma exibe os termos do programa, resumos sobre as comissões disponíveis e, por fim, um formulário de aceite. Depois do envio, resta aguardar a análise que confirma se o canal cumpre todas as exigências.

Somente após a aprovação é liberada a aba Produtos, por meio da qual o produtor de conteúdo adiciona ou edita marcações tanto em materiais novos quanto em publicações já existentes. Dessa forma, vídeos antigos que ainda geram tráfego podem ser atualizados, ampliando a chance de receita sem a necessidade de criar conteúdo adicional.

Como funciona a remuneração

A comissão é calculada para cada transação concluída a partir do clique no item marcado. Todo o fluxo de pagamento ocorre pelo Google AdSense, o mesmo ambiente utilizado para repassar a receita de anúncios exibidos nos vídeos. De acordo com informações divulgadas pela empresa, o valor acumulado pode levar entre 60 e 120 dias para ser liberado, período em que são realizadas verificações de devoluções e fraudes.

O intervalo mais longo em comparação ao repasse tradicional de publicidade se justifica porque a venda de produtos envolve processos adicionais: confirmação do pagamento pelo comprador, despacho do item, prazo de arrependimento e eventuais devoluções. Somente quando a transação é considerada definitiva o montante é contabilizado para o criador.

Mecanismo de marcação de produtos

Depois de cadastrado, o canal ganha acesso a um catálogo que reúne mercadorias de todas as marcas parceiras — no lançamento, Mercado Livre e Shopee. Ao editar um vídeo, basta selecionar a aba Produtos, procurar o item desejado e confirmar a associação. A marcação gera um botão ou um cartão interativo, visível tanto na versão para desktop quanto em dispositivos móveis.

Nos Shorts, a inserção ocorre de forma semelhante, porém com limitação de espaço na tela. Já em transmissões ao vivo, a plataforma permite criar uma vitrine fixa ou destacar itens em momentos específicos, recurso que se encaixa em formatos de demonstração em tempo real.

Comportamento de compra no YouTube

Dados divulgados a partir de uma pesquisa realizada pela Kantar sugerem que o YouTube ocupa posição de destaque no processo de decisão de compra do público brasileiro. Os respondentes apontaram a plataforma como a que oferece o melhor conteúdo relacionado a consumo, citando tutoriais, vídeos de unboxing e análises de produtos como diferenciais.

Em julho, mais de 25 milhões de usuários procuraram informações sobre compras dentro do site, segundo números fornecidos pela própria empresa. Esses indicadores sustentam a aposta do YouTube em integrar funcionalidades de comércio eletrônico diretamente na experiência de visualização.

Parceiros inaugurais: Mercado Livre e Shopee

No lançamento, duas gigantes do e-commerce já operam como vitrines oficiais: Mercado Livre, líder de marketplace na América Latina, e Shopee, plataforma que intensificou investimentos no país nos últimos anos. Ao disponibilizar itens dessas varejistas, o YouTube oferece ao criador um catálogo variado, que vai de eletrônicos a itens para casa.

Para as lojas, a parceria representa acesso a uma audiência que busca conteúdo em vídeo antes de tomar decisões de compra, além da validação conferida por influenciadores de diferentes nichos. Já para a plataforma, a entrada de players consolidados contribui para robustecer o programa e, potencialmente, atrair outras marcas interessadas em ampliar a presença digital.

Impacto potencial para criadores

A adição de uma fonte de renda baseada em comissão amplia o leque de estratégias de monetização. Canais que já utilizam anúncios, assinaturas ou financiamento coletivo podem, agora, complementar o faturamento com vendas recomendadas. A possibilidade de atualizar publicações antigas adiciona longevidade ao conteúdo, transformando o acervo do canal em ativo financeiro contínuo.

Outra vantagem é a simplicidade operacional: todo o ciclo — da exposição do produto ao recebimento do valor — ocorre dentro do ecossistema do YouTube, sem necessidade de redirecionamentos externos, criação de páginas de afiliados ou integração de sistemas de pagamento de terceiros.

Prazos de pagamento e controle de devoluções

O período de 60 a 120 dias para liberação do saldo pode exigir planejamento financeiro por parte dos criadores, sobretudo aqueles que dependem da renda gerada pelo canal. Durante esse intervalo, a plataforma rastreia possíveis devoluções e estornos, garantindo que o valor creditado reflita vendas consolidadas. O procedimento protege tanto as marcas quanto o próprio YouTube de repasses sobre compras não finalizadas.

Cenário futuro e expansão de parceiros

Embora a companhia não tenha divulgado datas, a expectativa é de que novos varejistas sejam integrados gradualmente, seguindo o modelo de parcerias iniciado com Mercado Livre e Shopee. A ampliação do portfólio de produtos tende a beneficiar nichos específicos de conteúdo, como beleza, esportes ou gastronomia, aumentando a relevância do programa para diferentes públicos.

Além disso, o interesse crescente do consumidor por experiências de compra vinculadas a conteúdo em vídeo sugere espaço para formatos adicionais, como eventos de lançamento transmitidos ao vivo e séries de demonstração exclusivas.

Processo operacional em resumo factual

1. Habilitação: criador residente no Brasil, com 5 mil inscritos e membro do YPP solicita adesão no YouTube Studio.
2. Aprovação: a plataforma verifica critérios e libera a aba Produtos.
3. Marcação: vídeos, Shorts e lives recebem cartões ou botões com itens de varejistas parceiros.
4. Conversão: espectador clica, é redirecionado à página de compra e, concluindo o pagamento, gera comissão.
5. Repasse: valores ficam pendentes entre 60 e 120 dias, sendo pagos via AdSense.

Sem conclusões explícitas

Com a liberação do Programa de Afiliados, o YouTube fortalece o próprio modelo de negócios e oferece a criadores brasileiros mais uma ferramenta de geração de receita dentro da plataforma, agora apoiada em parcerias com varejistas que já fazem parte da rotina de compra de milhões de usuários.

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