Microsoft amplia data centers nos Emirados Árabes com 200 MW e reforça nuvem Azure até 2029

Microsoft amplia data centers nos Emirados Árabes com 200 MW e reforça nuvem Azure até 2029

Lead — quem, o quê, quando, onde e por quê

A Microsoft confirmou uma expansão de 200 megawatts na capacidade de seus data centers situados nos Emirados Árabes Unidos, fruto de colaboração com o grupo de inteligência artificial G42, sediado em Abu Dhabi. A infraestrutura adicional, que será entregue pela subsidiária Khazna Data Centers, tem início de operação previsto para antes do encerramento de 2026. O projeto integra um plano de investimento de US$ 15,2 bilhões destinado à região até 2029, com a finalidade de fortalecer serviços de nuvem Microsoft Azure que sejam seguros, escaláveis e adequados às exigências de soberania digital do país.

Índice

Expansão de 200 megawatts consolida a infraestrutura de nuvem

O acréscimo de 200 MW à capacidade instalada representa um avanço relevante para o parque tecnológico já existente nos Emirados Árabes Unidos. Em termos operacionais, a Khazna Data Centers, subsidiária do G42, ficará responsável por implementar toda a fase construtiva e de comissionamento das novas instalações. O cronograma oficial aponta que os servidores, sistemas de refrigeração e demais componentes críticos estarão prontos para uso antes de 2026 terminar, alinhando-se ao ritmo acelerado de adoção de serviços digitais dentro do país.

A ampliação atende à crescente demanda de órgãos governamentais, setores regulados e empresas privadas por processamento de dados de alta intensidade. Ao elevar o fornecimento energético específico para TI em 200 MW, a big tech pavimenta o caminho para hospedar cargas de trabalho baseadas em inteligência artificial, bancos de dados sensíveis e aplicações de missão crítica.

Pacote de US$ 15,2 bilhões até 2029 detalha prioridades

A expansão física integra um pacote financeiro mais amplo de US$ 15,2 bilhões até 2029. Segundo a Microsoft, esses recursos cobrem construção de data centers, aquisição de hardware especializado, manutenção de operações locais e iniciativas de formação de mão de obra. A expectativa é que esse montante sustente serviços Azure considerados soberanos — isto é, operados em território emiradense e regidos pelas leis nacionais de proteção de dados.

Dentro desse mesmo horizonte, a empresa se comprometeu a qualificar profissionais locais em competências de inteligência artificial até 2027. O esforço se soma a políticas governamentais que buscam criar empregos de alto valor agregado em tecnologia e, simultaneamente, reduzir a dependência de importação de conhecimento.

Licenças para exportação de GPUs e volume de hardware já enviado

Para garantir o poder de processamento necessário aos novos data centers, a Microsoft já obteve licenças dos Estados Unidos que autorizam a exportação de unidades de processamento gráfico (GPUs) de última geração. Até o momento, 21.500 GPUs Nvidia A100, numa combinação de chips A100, H100 e H200, foram despachadas ao país. A companhia planeja enviar, nos próximos meses, componentes adicionais equivalentes a 60.400 chips A100, neste caso as GPUs Nvidia GB300.

O lote de hardware serve de base para treinar e executar modelos de IA de grande escala, sustentando serviços internos da Microsoft e aplicações de parceiros. A presença física dos chips em solo emiradense também atende às exigências de soberania de dados, pois limita a circulação de informações sensíveis fora do território nacional.

Serviços de IA hospedados na nova infraestrutura

Com o reforço computacional, a Microsoft mantém a oferta de acesso a modelos avançados de IA desenvolvidos pela OpenAI, pela Anthropic, por projetos de código aberto e pela própria equipe de pesquisa da empresa. Essa camada de serviço possibilita que organizações locais integrem recursos como chatbots, geração de texto, análise de imagens e automação de tarefas em escala industrial.

Além de atender clientes corporativos, a estrutura suporta aplicativos Copilot — soluções que incorporam inteligência generativa em ferramentas de produtividade. Ao garantir baixa latência e processamento local, a companhia reduz tempo de resposta e atende requisitos regulatórios que obrigam armazenamento e tratamento de dados dentro do país.

Capacitação de talentos locais em IA até 2027

Parte essencial do acordo com o G42 é o compromisso de capacitar mão de obra emiradense. O programa envolve treinamentos, certificações e iniciativas acadêmicas voltadas a estudantes e profissionais que desejam atuar em ciência de dados, engenharia de machine learning e segurança cibernética. O objetivo declarado é criar competência interna capaz de operar, otimizar e inovar sobre a infraestrutura recém-instalada.

A criação de empregos especializados alinha-se à estratégia nacional de crescimento inclusivo, na qual a indústria de tecnologia é vista como motor de diversificação econômica. A formação local também mitiga o risco de escassez de especialistas estrangeiros, algo comum em ecossistemas de TI de rápido crescimento.

Estratégia nacional para dobrar a participação da economia digital

Os Emirados Árabes Unidos traçaram como meta duplicar a contribuição da economia digital para o Produto Interno Bruto na próxima década. Dentro dessa agenda, GPUs avançadas e recursos de IA são tratados como pilares que sustentarão setores públicos, indústrias reguladas e empresas inovadoras. A parceria com a Microsoft e com o G42, portanto, funciona como componente tático para alcançar o objetivo de longo prazo.

Ao viabilizar infraestrutura de ponta para computação em nuvem, o governo acelera a digitalização de serviços essenciais, amplia a competitividade global das empresas locais e atrai investimentos estrangeiros interessados em ambientes regulatórios claros e em capacidade computacional robusta.

Investimentos acumulados da Microsoft desde 2023

Desde 2023, a Microsoft já aplicou aproximadamente US$ 7,3 bilhões no território emiradense. Esse valor inclui US$ 1,5 bilhão em ações do próprio G42, mais de US$ 4,6 bilhões em despesas de capital associadas a IA avançada e data centers de nuvem, e cerca de US$ 1,2 bilhão em custos operacionais locais e custo de produtos vendidos. Tais cifras demonstram continuidade no aporte financeiro e reforçam a confiança da empresa no mercado regional.

Próximos desembolsos previstos para a região do Golfo

A partir do próximo ano, a Microsoft projeta injetar mais US$ 7,9 bilhões na região do Golfo. Desse total, mais de US$ 5,5 bilhões se destinam a despesas de capital que sustentem expansão de infraestrutura de IA e serviços de nuvem, enquanto quase US$ 2,4 bilhões serão alocados em despesas operacionais correntes. O cronograma assegura fluxo contínuo de recursos até 2029, garantindo manutenção e evolução tecnológica das instalações.

Centros de pesquisa e desenvolvimento já inaugurados

O acordo tecnológico já rendeu duas estruturas de pesquisa em Abu Dhabi: o Centro Global de Desenvolvimento de Engenharia e o Microsoft AI for Good Lab. Neles atuam profissionais com doutorado e expertise em modelos de grande escala, visão computacional, linguagem natural e técnicas de pós-treinamento. Essas unidades têm a missão de adaptar soluções de IA às necessidades locais e produzir conhecimento aplicável a setores públicos e privados.

A presença desses laboratórios reforça o ecossistema de inovação emergente nos Emirados Árabes, ao conectar pesquisadores, empreendedores e órgãos reguladores em torno de projetos que potencialmente impactam saúde, educação, energia e segurança.

Uso de IA per capita coloca o país na liderança global

De acordo com o Relatório de Difusão de IA da Microsoft, 59,4 % da população dos Emirados Árabes utiliza ferramentas de IA generativa, índice que posiciona o país na liderança global, à frente de Singapura (58,6 %). A marca acima de 50 % ainda não foi alcançada por nenhuma outra nação, o que evidencia tanto a receptividade do público local quanto a rapidez na adoção de tecnologias emergentes.

A tendência de uso intensivo justifica a necessidade de infraestrutura adicional de computação e de programas de capacitação, pois o consumo de serviços baseados em IA deverá crescer conforme novos aplicativos e plataformas se popularizam entre cidadãos e empresas.

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