Oito jogos de ficção científica prontos para ganhar as telas do cinema

Os videogames evoluíram a ponto de apresentar narrativas robustas, personagens complexos e ambientações que rivalizam com grandes produções cinematográficas. Entre os gêneros que mais se destacam nesse aspecto está a ficção científica, graças à liberdade criativa para explorar futuros distópicos, viagens no tempo, tecnologia avançada e ameaças alienígenas. Abaixo, são apresentados oito títulos já consagrados nos consoles e no PC que, por suas tramas e atmosferas, possuem potencial evidente para se transformarem em longas-metragens.
Shadowrun (1993)
Quem: Desenvolvido por Beam Software, Data East e Laser Beam Entertainment, o jogo coloca o jogador no papel de Jake Armitage.
O quê: Trata-se de um RPG de ação que combina elementos de cyberpunk com magia, ambientado em um cenário de conspirações corporativas.
Quando: Lançado em 1993 para o Super Nintendo.
Onde: A história se desenrola em uma metrópole futurista, envolta em clima noir.
Como: A jogabilidade apresenta visão isométrica, cursor para interação com objetos e combate em tempo real.
Por quê: O enredo parte de um protagonista que desperta em um necrotério sem memória após sobreviver a um atentado. A investigação sobre quem tentou matá-lo e por qual motivo dialoga diretamente com a linguagem de suspense usada no cinema, configurando um material de fácil transposição para a tela grande.
Returnal (2021)
Quem: Produzido pelo estúdio Housemarque e publicado pela Sony Interactive Entertainment, o jogo é protagonizado por Selene Vassos.
O quê: Shooter em terceira pessoa com forte influência de roguelike, construído sobre um loop temporal que reinicia sempre que a personagem morre.
Quando: Chegou ao PlayStation 5 em 2021 e depois ao PC.
Onde: A aventura acontece em um planeta alienígena hostil, composto por ruínas antigas, fauna agressiva e clima de terror psicológico.
Como: Cada ciclo reiniciado altera a disposição dos ambientes, exigindo que o jogador se adapte a combates rápidos e à coleta de recursos em tempo real.
Por quê: A combinação de ficção científica espacial, suspense constante e repetição narrativa lembra produções cinematográficas sobre realidades cíclicas, fornecendo uma estrutura clara para um filme que explore temas de sobrevivência, trauma e autoconhecimento.
Metal Warriors (1995)
Quem: Desenvolvido pela LucasArts em parceria com a Konami, o game apresenta o protagonista Stone.
O quê: Jogo de ação side-scrolling, com elementos de plataforma e run and gun, em que o personagem pilota robôs gigantes.
Quando: Lançado em 1995 para Super Nintendo.
Onde: O enredo se passa em cenários espaciais durante um conflito futurista.
Como: O jogador alterna entre diferentes modelos de mechas, cada um com armas e habilidades específicas, para cumprir missões de resistência.
Por quê: Robôs colossais em batalhas interplanetárias já se provaram atrativos nas telonas. A trama de resistência contra um ditador futurista, aliada à variedade de veículos mecanizados, oferece sequências visuais que se alinham ao que o cinema de ação costuma explorar.
Prey (2017)
Quem: Desenvolvido pela Arkane Austin e distribuído pela Bethesda Softworks, o jogador assume o papel de um cientista.
O quê: Simulador imersivo em primeira pessoa que mescla tiro, RPG e furtividade.
Quando: Lançado em 2017 para PC, PlayStation 4 e Xbox One.
Onde: A história ocorre a bordo de Talos I, estação espacial dominada por uma forma de vida alienígena.
Como: O protagonista explora setores da estação, coleta recursos, aprimora habilidades e combate criaturas metamórficas.
Por quê: A premissa de um local isolado tomado por inimigos capazes de se disfarçar em objetos cotidianos reforça o suspense. Essa configuração claustrofóbica, somada à tensão crescente, constitui material clássico para um thriller de ficção científica no cinema.
TimeSplitters (2000)
Quem: Desenvolvido pela Free Radical Design e distribuído pela Electronic Arts, o título apresenta múltiplos personagens jogáveis.
O quê: Shooter em primeira pessoa com narrativa baseada em viagens no tempo.
Quando: Chegou ao PlayStation 2 em 2000.
Onde: As missões se espalham por períodos de 1935 a 2035, incluindo cidades antigas e instalações futuristas.
Como: Cada fase transporta o jogador para uma era diferente, enfrentando a raça alienígena conhecida como TimeSplitters.
Por quê: A diversidade de cenários e épocas oferece múltiplos estilos visuais em uma única obra. Para o cinema, esse mosaico temporal poderia resultar em um filme dinâmico ou até em uma franquia, já que o game originou uma trilogia.
Singularity (2010)
Quem: Produzido pela Raven Software e publicado pela Activision, o jogo coloca o jogador na pele de um soldado norte-americano.
O quê: Título de tiro em primeira pessoa focado em anomalias temporais e paradoxos.
Quando: Disponível desde 2010 para PC, PlayStation 3 e Xbox 360.
Onde: A ação acontece em uma ilha que abriga instalações soviéticas abandonadas.
Como: Após um evento anômalo, o protagonista passa a alternar involuntariamente entre o presente e 1955, período de um desastre científico. O descobrimento de um dispositivo permite manipular o tempo, afetando objetos e inimigos.
Por quê: A possibilidade de alterar linhas temporais, somada ao risco de dominação mundial por parte de um cientista, cria tensão narrativa e abre espaço para efeitos visuais atrativos em uma adaptação cinematográfica.
Beyond Good & Evil (2003)
Quem: Desenvolvido pela Ubisoft, o jogo apresenta Jade, fotojornalista e agente da resistência.
O quê: Ação-aventura que mescla combate, investigação e resolução de puzzles.
Quando: Lançado inicialmente em 2003 para uma série de plataformas e, posteriormente, relançado em consoles modernos.
Onde: O enredo se passa no planeta Hillys, localizado em um futuro distante.
Como: Jade precisa coletar provas fotográficas e enfrentar forças alienígenas enquanto expõe uma conspiração que ameaça seu mundo.
Por quê: A figura de uma protagonista jornalista em meio a uma resistência popular associa a trama a temas investigativos. Aliado ao ambiente futurista, o jogo oferece material para um filme que una ação e suspense.
Deus Ex (2000)
Quem: Desenvolvido pela Ion Storm e lançado pela Eidos Interactive, o jogador controla um agente com implantes cibernéticos.
O quê: Mistura de RPG e tiro em primeira pessoa, marcada por escolhas de abordagem entre combate direto ou furtividade.
Quando: Chegou ao PC em 2000 e depois a outras plataformas, incluindo versões para Nintendo Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.
Onde: A narrativa ocorre em um futuro cyberpunk distópico, onde megacorporações e grupos terroristas disputam poder.
Como: A missão inicial consiste em recuperar uma vacina roubada, mas logo revela uma trama global de controle político e tecnológico.
Por quê: Conspirações envolvendo biotecnologia, governos ocultos e dilemas éticos se alinham a produções cinematográficas de alta tensão política. O sucesso do jogo originou uma franquia, fornecendo amplo material para mais de um filme.
Os oito títulos listados demonstram como a indústria de jogos já produz há décadas narrativas ricas em possibilidades audiovisuais. Seja pelo uso de loops temporais, cenários cyberpunk ou batalhas entre mechas, cada obra apresenta elementos estruturais que dialogam naturalmente com o formato cinematográfico, oferecendo ao público de ficção científica a chance de vivenciar essas histórias também nas salas de cinema.
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