Google prevê evolução do Ads com IA: formato atual continua, mas exposição torna-se contextual

Google prevê evolução do Ads com IA: formato atual continua, mas exposição torna-se contextual

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O serviço de publicidade do Google, base financeira da companhia, não deve ser extinto pela adoção de recursos de inteligência artificial (IA) nos mecanismos de busca. A avaliação foi feita por Robby Stein, vice-presidente do Google Search, em entrevista ao podcast “Silicon Valley Girl”. De acordo com o executivo, o Google Ads continuará ativo, porém sofrerá transformações significativas para adequar a exibição de anúncios ao contexto de cada consulta realizada pelos usuários.

Índice

Quem, o quê, quando, onde e por quê

Quem trouxe a projeção foi Robby Stein, responsável por parte da estratégia de pesquisa do Google. O quê ele declarou é que a publicidade não desaparecerá, mas será redesenhada. Quando a fala foi registrada: em 3 de novembro de 2025, data em que a entrevista se tornou pública. Onde ocorreu: no programa de áudio “Silicon Valley Girl”, conduzido pela apresentadora Marina Mogilko. Por quê a declaração foi necessária: o avanço de buscadores baseados em IA gerou questionamentos sobre a viabilidade do modelo tradicional de anúncios patrocinados.

Panorama que motivou a declaração

A popularização de respostas geradas por inteligência artificial nos sistemas de busca abriu a discussão sobre como manter a rentabilidade de produtos que dependem de publicidade. Com o Google implementando o chamado “Modo IA” — experiência que entrega respostas sínteses em linguagem natural — surgiu o temor de que banners, links patrocinados e outras inserções pagas perdessem espaço ou deixassem de existir. O vice-presidente procurou desfazer essa percepção, ressaltando que o comportamento de pesquisa não está encolhendo; na opinião dele, está se ampliando graças à própria IA, que facilita novos tipos de interação, como consultas multimodais.

Perfil de Robby Stein e sua visão interna

Robby Stein ocupa a vice-presidência do Google Search, área responsável por definir diretrizes e aprimorar a plataforma de busca. Dentro da companhia, a função envolve alinhar inovação tecnológica, satisfação do usuário e sustentabilidade financeira. Ao afirmar que o Google Ads permanecerá, Stein referendou a importância do setor publicitário para o ecossistema da empresa, mas também sinalizou que a experiência de pesquisa passa por um movimento de adaptação contínua.

Como a IA muda a forma de pesquisar

Durante a conversa, o executivo ilustrou a nova dinâmica de busca com um exemplo prático: um usuário fotografa o próprio par de sapatos e pergunta ao sistema por modelos semelhantes. Essa sequência — capturar uma imagem, formular uma dúvida e receber recomendações — combina visão computacional, processamento de linguagem natural e indexação em tempo real. A IA consegue identificar o objeto, entender a intenção e entregar resultados específicos. Para Stein, justamente nesses pontos de contato surgem oportunidades de publicidade contextual, onde o anúncio não é simplesmente empurrado ao usuário, mas apresentado como complemento relevante à pergunta.

Impacto previsto sobre o modelo publicitário

O formato tradicional do Google Ads posiciona links patrocinados com base em palavras-chave. Na lógica descrita por Stein, a IA acrescentará camadas de interpretação, levantando sinais como local, histórico de navegação e, sobretudo, o cenário da consulta. Em uma pesquisa ativada por imagem, por exemplo, a plataforma pode exibir sugestões de compra visualmente semelhantes ou ofertas locais para retirada, adequando-se às necessidades emergentes do usuário naquele momento.

Dados financeiros reforçam a necessidade de adaptação

Relatório divulgado em outubro, anterior à entrevista, mostrou que a receita do Google Ads cresceu 13 % em comparação anual. O desempenho confirma o peso do produto nas finanças da empresa e explica por que transformar — e não substituir — a publicidade é prioridade. Manter a curva de crescimento exige integrar formatos tradicionais a experiências geradas por IA sem comprometer a usabilidade da busca.

Possíveis caminhos para anúncios em produtos de IA generativa

Embora não exista um modelo oficial anunciado, algumas direções ficaram implícitas. O “Modo IA” do buscador funciona hoje sem cobrança extra, mas já desponta como ambiente estratégico para veicular propaganda baseada em contexto. Além disso, a empresa planeja estender capacidades de IA às plataformas pessoais, como Gmail e Agenda. Caso o Ads seja incorporado a esses serviços, os anúncios poderão refletir compromissos futuros, preferências declaradas em mensagens ou padrões de rotina identificados pelo sistema.

Limitações e incertezas

O próprio vice-presidente reconheceu que ainda não há definição pública sobre o formato exato de inserção publicitária nas ferramentas de IA generativa. Assim, apesar da convicção de que o Ads sobreviverá, detalhes como precificação, indicadores de desempenho e controles de privacidade permanecem em desenvolvimento interno. Até o momento, as possibilidades enumeradas são tratadas como cenários em análise pela organização.

Evolução do comportamento de busca

O argumento central de Stein gira em torno da expansão do uso do buscador. Segundo ele, a IA não reduz o volume de consultas, mas diversifica as formas de interação. Além do texto, usuários já recorrem a fotos, voz e até gestos para formular dúvidas. Cada formato abre uma nova porta para anúncios direcionados. Por consequência, a transformação mencionada não se limita ao layout do resultado; envolve repensar qual dado subjacente serve para casar intenção do usuário com oferta do anunciante.

Integração entre compreensão visual e publicidade

Na demonstração dos sapatos, a IA faz o cruzamento da imagem com um catálogo de produtos, associando características como cor, material e estilo. Se o mecanismo identifica calçados semelhantes em lojas parceiras, pode exibir um carrossel patrocinado. O princípio é entregar publicidade que, além de comercial, responda diretamente à consulta. A expectativa expressa pelo executivo é que o Google Ads venha a explorar esse tipo de correlação com mais intensidade.

Expansão da experiência para além do buscador

A estratégia divulgada pelo Google inclui levar o conhecimento do “Modo IA” às demais plataformas da empresa. No Gmail, a geração de rascunhos inteligentes já indica produtos e compromissos possíveis. Na Agenda, a IA sugere horários ou organiza tarefas. Caso o Ads seja embutido nesses contextos, a segmentação atingiria cenários fortemente personalizados, ainda que a companhia não tenha anunciado cronograma nem detalhes específicos.

Importância do contexto nas futuras campanhas

Ao contrário do modelo baseado apenas em termos de busca, a próxima etapa prioriza o cenário como fator determinante. Elementos como localização, moda predominante em determinadas regiões ou até condições climáticas podem entrar na equação. A IA analisa essas informações de modo quase instantâneo, permitindo que o sistema supra a intenção declarada e implícita. Para anunciantes, o resultado tende a ser campanhas mais ajustadas; para usuários, maior pertinência na resposta.

Conclusões do posicionamento corporativo

A mensagem transmitida por Robby Stein deixa clara a postura do Google: preservar a principal fonte de receita enquanto acompanha a evolução tecnológica. A empresa reconhece o poder da IA para expandir possibilidades de consulta e, simultaneamente, vislumbra na mesma tecnologia a chave para refinar a entrega de anúncios. Portanto, o Google Ads segue no centro da estratégia, mas o formato de exibição, os gatilhos de disparo e as métricas de eficácia deverão se alinhar aos novos padrões de pesquisa multimodal.

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