Superlua mais brilhante de 2025 atinge o auge em 5 de novembro com 7,9% de aumento aparente

Superlua mais brilhante de 2025 atinge o auge em 5 de novembro com 7,9% de aumento aparente

Na noite de quarta-feira, 5 de novembro de 2025, o céu oferecerá a observadores de todas as regiões um fenômeno que combina magnitude visual, ciência orbital e tradição cultural. Trata-se da segunda Superlua do ano e, de acordo com guias de observação astronômica, a maior de 2025. O satélite natural da Terra aparecerá cerca de 7,9% maior e entregará um brilho até 16% superior ao de uma Lua Cheia comum. Esses números, calculados por ferramentas especializadas como Starwalk Space, resultam de um alinhamento específico entre a fase cheia e o ponto mais próximo da órbita lunar em relação ao planeta.

Índice

Quando e onde observar

A fase cheia se estabelece na noite do próprio dia 5, poucas horas antes de a Lua atingir o perigeu — posição em que a distância Terra-Lua cai para aproximadamente 356 mil quilômetros. O curto intervalo de nove horas entre os dois eventos maximiza o diâmetro aparente do disco lunar. Para quem pretende acompanhar, o momento mais impactante tende a ocorrer logo após o nascer da Lua, no início da noite, quando o astro se projeta próximo ao horizonte. Nessa posição, a refração atmosférica intensifica tons alaranjados e potencializa a ilusão de tamanho, oferecendo um quadro fotográfico de alto contraste contra construções, montanhas ou linhas de costa.

O que torna esta Superlua a maior de 2025

No calendário lunar do ano, quatro Luas Cheias carregam a designação de Superlua: 7 de outubro (Lua da Colheita), 5 de novembro (Lua do Castor) e 4 de dezembro (Lua Fria), além de uma anterior em data não especificada no final do primeiro semestre. Entre elas, a de novembro se destaca pelo momento orbital mais favorável. A ligação direta entre a fase cheia e a passagem pelo perigeu encurta a distância geocêntrica, ampliando o disco aparente em 7,9% e intensificando a iluminância em 16% quando comparada a uma Lua Cheia próxima do apogeu, que pode exceder 406 mil quilômetros de afastamento.

Entendendo a órbita lunar: perigeu e apogeu

A trajetória da Lua não descreve um círculo perfeito, mas uma elipse. Em razão disso, há variações sistemáticas na distância do satélite à Terra. O ponto mais próximo dessa elipse recebe o nome de perigeu; o mais distante, de apogeu. A diferença de cerca de 50 mil quilômetros entre os extremos não parece expressiva à primeira vista, porém basta para alterar a percepção de tamanho e de brilho quando a Lua está cheia. Como o disco lunar ocupa apenas meio grau de arco no céu, pequenas variações se traduzem em incrementos perceptíveis de área luminosa.

Critérios para definir uma Superlua

Embora popular, o termo Superlua não possui definição científica única. Astrônomos profissionais destacam a origem recente da expressão e sua derivação de conceitos astrológicos. Iniciativas para fixar um critério objetivo costumam adotar limitações de distância, considerando Superlua aquela Lua Cheia que ocorra em até 90% do perigeu médio. Porém, o cálculo do limiar exato varia entre autores, e não há padronização em órgãos internacionais de astronomia. Apesar do debate, a classificação ganhou tração no discurso público por facilitar a divulgação científica e estimular a observação do céu noturno.

Impacto nas marés

A NASA recorda que a proximidade lunar intensifica o efeito gravitacional sobre os oceanos, gerando marés ligeiramente mais altas. Esse fenômeno, no entanto, decorre diretamente da distância reduzida, independentemente da fase lunar. Ou seja, perigeu e marés altas mantêm relação direta, enquanto a configuração cheia contribui apenas para aumentar a atenção popular ao evento. Não há implicações extraordinárias confirmadas em estudos meteorológicos ou geofísicos além de oscilações de poucos centímetros a um máximo de alguns decímetros nos níveis médios do mar.

Dicas de observação

Para quem deseja testemunhar a Superlua em todo o seu esplendor, a recomendação central é buscar um local com horizonte desobstruído, preferencialmente livre de poluição luminosa intensa. O entardecer oferece a oportunidade de comparar o tamanho da Lua com elementos do cenário terrestre, reforçando o efeito de ampliação conhecido como ilusão lunar. Embora o satélite alcance sua maior luminosidade quando estiver mais alto, o contraste fotográfico costuma ser mais marcante nos minutos iniciais após o nascer, quando a luz residual do crepúsculo equilibra a exposição de câmeras e smartphones.

Nomes tradicionais das Luas Cheias de 2025

Seguindo registros do Old Farmers Almanac, cada Lua Cheia do ano recebe um título associado a rituais agrícolas e ciclos naturais do Hemisfério Norte. Em 2025, a lista compreende:

13 de janeiro – Lua do Lobo;

12 de fevereiro – Lua de Neve;

14 de março – Lua de Minhoca;

12 de abril – Lua Rosa;

12 de maio – Lua das Flores;

11 de junho – Lua de Morango;

10 de julho – Lua dos Cervos;

9 de agosto – Lua do Esturjão;

7 de setembro – Lua do Milho;

7 de outubro – Lua da Colheita (Superlua);

5 de novembro – Lua do Castor (Superlua);

4 de dezembro – Lua Fria (Superlua).

A Lua do Caçador e suas origens culturais

Em 2025, a Lua Cheia de novembro carrega ainda um segundo título: Lua do Caçador. Essa denominação emerge sempre que a primeira Lua Cheia após a Lua da Colheita ocorre em novembro. A última ocorrência oficiais desse arranjo no Hemisfério Norte foi em 2020, retornando em 2025 e somente voltará a se repetir em 2028. Historicamente, o termo remete à preparação para o inverno: após a colheita, comunidades utilizavam a claridade noturna prolongada para rastrear animais e reforçar estoques alimentares. Em outras tradições, o mesmo plenilúnio recebe nomenclaturas como Lua Branca (China), Lua da Neve (círculos ligados à Wicca) ou Lua do Comércio (povo Cherokee). No Hemisfério Sul, adaptam-se variantes como Lua do Leite, Lua da Flor e Lua da Lebre, refletindo diferenças sazonais.

Próximas Superluas ainda em 2025

A Superlua de 5 de novembro não encerra o ciclo de aproximações expressivas. O calendário reserva outra oportunidade em 4 de dezembro, data da chamada Lua Fria. Embora não supere o tamanho projetado para novembro, permanecerá dentro dos limites que caracterizam o fenômeno, conclamando novamente o público a olhar para o céu antes do encerramento do ano.

A conjugação de ciência orbital, marés e tradições se manifesta de forma plena na Superlua de novembro. Ela oferece uma síntese rara entre números mensuráveis — 7,9% de aumento aparente, 16% de luz extra e distância de 356 mil quilômetros — e narrativas culturais que atravessam séculos. O evento, acessível a olho nu sem equipamento especializado, reforça a ligação entre observadores contemporâneos e práticas ancestrais, sublinhando a relevância de acompanhar o ciclo lunar com regularidade para compreender tanto aspectos físicos do sistema Terra-Lua quanto suas ressonâncias históricas.

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