Apple prepara Siri com múltiplos modelos de IA e amplia parcerias na Apple Intelligence para 2026

Apple prepara Siri com múltiplos modelos de IA e amplia parcerias na Apple Intelligence para 2026

A Apple deu início a uma etapa decisiva em sua estratégia de inteligência artificial. A companhia confirmou que sua plataforma Apple Intelligence passará a incorporar modelos de IA de empresas externas, com lançamento de recursos-chave até março de 2026. O ponto central desse movimento é a próxima geração da assistente Siri, que será reformulada para conversar de forma mais natural, solucionar perguntas complexas e atuar como buscadora de informações em múltiplas fontes.

Índice

Quem está por trás da mudança

O direcionamento parte da cúpula da empresa. Em entrevista à televisão norte-americana, o chief executive officer Tim Cook afirmou que a Apple já conduz negociações com parceiros de inteligência artificial para complementar seus próprios modelos. A fala ocorre numa fase considerada uma das melhores da história da companhia em termos financeiros, sinalizando que a expansão em IA não é resposta a crise, mas parte de um plano de longo prazo sustentado por caixa robusto.

O que vai mudar na Siri

Segundo a empresa, a próxima atualização da Siri será mais do que uma evolução incremental. O projeto transforma a assistente em um motor de busca conversacional capaz de coletar dados de três fontes: internet, armazenamento local do dispositivo e aplicativos instalados. A solução contará com uma arquitetura tripartida:

Planejador: módulo responsável por interpretar a intenção do usuário;

Sistema de busca: componente que localiza informações no aparelho e na web;

Resumidor: camada que organiza as respostas em linguagem direta.

Com essas três etapas, a Siri deverá gerir tarefas que exigem múltiplos passos – como compilar referências de agenda, documentos e conteúdo externo – e devolver uma resposta única, reduzindo a necessidade de alternar entre aplicativos.

Quando os recursos chegam

A Apple trabalha com março de 2026 como data-alvo para liberar a nova Siri ao público. O lançamento está previsto para coincidir com o iOS 26.4, versão do sistema operacional móvel que, tradicionalmente, atinge a maior base instalada de usuários da marca. Embora ainda faltem quase dois anos, Tim Cook informou que o desenvolvimento do backend de IA “progride bem” e já se encontra em estágio que permite negociações com terceiros sobre integração direta.

Onde a Apple pretende operar as inovações

Os recursos serão distribuídos em todo o ecossistema. A Apple Intelligence engloba iPhone, iPad, Mac e serviços de nuvem como iCloud. A empresa pretende manter parte significativa do processamento em servidores próprios, reforçando a promessa de privacidade de dados. Esse formato híbrido – parte no dispositivo, parte na nuvem da Apple – é visto internamente como vantagem competitiva, já que combina velocidade local com capacidade de aprendizado em escala de data centers.

Como a integração com terceiros funcionará

A estratégia de trazer modelos externos ocorre em três frentes. Primeiramente, a Apple já disponibiliza o ChatGPT, da OpenAI, dentro de certas rotinas de teste da Siri. Em segundo lugar, a companhia negocia com o Google para permitir que o Gemini seja acessado pela assistente a partir de 2025. Por fim, a empresa avaliou soluções de outras duas organizações:

Anthropic: a versão Claude foi testada, mas descartada em razão de custo anual estimado em US$ 1,5 bilhão;
Perplexity: analisada em fase exploratória; acabou virando rival direta após optar por lançar buscador próprio.

Na prática, o usuário não perceberá a troca de bastidores: ao fazer uma pergunta, a Siri escolherá o modelo mais adequado para gerar a melhor resposta, mantendo a experiência unificada e centrada na interface Apple.

Por que a Apple adota uma postura mais aberta

Historicamente, a empresa trabalha com sistemas fechados. Contudo, executivos entenderam que, para acelerar avanços em IA, seria necessário integrar-se a pesquisadores e fornecedores externos. Essa mudança pontual respeita dois princípios centrais da marca: controle de experiência e proteção de dados. Assim, mesmo ao recorrer a parceiros, a Apple continuará filtrando o tráfego pelos próprios servidores e definindo as diretrizes de uso de cada algoritmo.

Resultados financeiros que sustentam o investimento

No último trimestre fiscal, a Apple registrou US$ 102,5 bilhões em receita, crescimento de 8% sobre igual período do ano anterior. O lucro por ação chegou a US$ 1,85, superando as estimativas de mercado. Os números foram impulsionados principalmente pela chegada do iPhone 17, que elevou a divisão de smartphones entre 10% e 12% no trimestre atual, e pelo avanço de 15% na área de serviços, totalizando US$ 28,8 bilhões. O segmento de Macs apresentou alta de 13% (US$ 8,72 bilhões), enquanto iPads permaneceram estáveis e acessórios tiveram leve recuo.

A relevância da IA para a próxima fase de crescimento

Apesar de registrar queda de 4% nas vendas na China, a Apple vê no iPhone 17 e na Apple Intelligence os pilares para manter a trajetória de expansão global. A intenção é que a assistente Siri renovada estimule novas formas de uso do dispositivo, gerando demanda por hardware mais potente e elevando o engajamento em serviços de assinatura.

O papel do buscador interno World Knowledge Answers

Em paralelo às parcerias, a Apple desenvolve internamente o World Knowledge Answers, buscador de IA que, segundo informações de mercado, pretende competir com plataformas como ChatGPT e Perplexity. Ainda não há detalhes oficiais sobre cronograma ou integração ao sistema operacional, mas a solução reforça a estratégia de manter um pilar próprio de pesquisa cognitiva, diminuindo dependência de terceiros a longo prazo.

Impacto para usuários e desenvolvedores

A adoção de múltiplos modelos de IA deve ampliar as possibilidades de automação de tarefas e a profundidade das respostas fornecidas pela assistente. Para desenvolvedores, a expectativa é que a Apple libere interfaces de programação que permitam a aplicativos encaminhar consultas ao novo framework de busca, agregando valor a serviços de terceiros dentro do ecossistema.

Possíveis consequências no mercado de buscadores

Com a Siri evoluindo para buscador conversacional, o tráfego atualmente direcionado a motores tradicionais poderá migrar para respostas geradas diretamente no dispositivo. Isso tende a reformular métricas de acesso e publicidade, embora a Apple ainda não tenha revelado planos de monetização para a funcionalidade.

Privacidade segue pilar inegociável

Mesmo ao ampliar parcerias, a empresa reitera que parte do processamento sensível permanecerá em suas próprias instalações. Documentos internos citam a manutenção do “padrão Apple” de segurança como diferenciador competitivo. O uso de servidores da companhia evitará que dados brutos viagem para infraestruturas de terceiros, respeitando o histórico de marketing focado em privacidade.

Próximos passos confirmados

• Conclusão das negociações com Google pode ocorrer em 2025;
• Versão pública da Siri conversacional: março de 2026, com iOS 26.4;
• Integração gradual de outros modelos de IA, a depender de acordos comerciais e testes de qualidade.

Com as iniciativas anunciadas, a Apple reforça seu objetivo de liderar a próxima onda de inovação em dispositivos pessoais, unindo integração sistêmica, modelos externos e compromisso com privacidade como tripé de sua estratégia de inteligência artificial.

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