Apple projeta recorde histórico de receita com demanda aquecida pelo iPhone 17

Apple sinaliza expansão sem precedentes para o trimestre que se encerra em dezembro, estimando avanço de dois dígitos na receita graças ao forte desempenho da linha iPhone 17.
- Resultados acima das previsões encerram o quarto trimestre fiscal
- Expectativa de 10% a 12% de crescimento no trimestre seguinte
- Fator determinante: impulso inicial do iPhone 17
- Serviços mantêm trajetória de expansão acelerada
- Computadores Mac retomam fôlego, enquanto categoria de wearables recua
- iPad mantém estabilidade antes da chegada de novo modelo
- Desempenho regional sofre queda na Grande China
- Encerramento do ano fiscal de 2025 mostra evolução ampla
- Margem bruta reforça resiliência diante de tarifas
- Avanços em inteligência artificial e atualização da Siri
- Síntese dos indicadores que sustentam o otimismo
- Cenário para o próximo trimestre
Resultados acima das previsões encerram o quarto trimestre fiscal
No período concluído em 27 de setembro, a Apple registrou receita de US$ 102,47 bilhões. O montante ficou levemente acima da estimativa de mercado de US$ 102,24 bilhões. Já o lucro por ação alcançou US$ 1,85, superando a previsão de US$ 1,77. Esses números confirmam que a companhia encerrou o quarto trimestre fiscal em trajetória de crescimento, mesmo antes de contabilizar completamente o impacto de sua nova geração de smartphones.
Expectativa de 10% a 12% de crescimento no trimestre seguinte
Projetando o trimestre que termina em dezembro, a empresa afirmou esperar expansão entre 10 % e 12 % sobre a receita observada no mesmo intervalo do ano anterior. Caso o intervalo inferior da faixa seja atingido, o período já representará o melhor desempenho de faturamento na história da organização. Na estimativa mais otimista, a receita pode alcançar US$ 136,73 bilhões, superando a projeção de analistas da LSEG de US$ 132,31 bilhões.
Fator determinante: impulso inicial do iPhone 17
Lançada em 19 de setembro, a família iPhone 17 teve apenas pouco mais de uma semana de vendas computadas no trimestre fiscal divulgado. Mesmo assim, as vendas de iPhone cresceram 6 % em relação ao ano anterior, atingindo US$ 49,03 bilhões. A procura elevada já originou restrições de oferta em determinados modelos tanto da geração atual quanto da anterior, o iPhone 16. Para o trimestre em curso, a companhia projeta crescimento de dois dígitos na receita da categoria, sustentando a previsão de recorde histórico.
Serviços mantêm trajetória de expansão acelerada
Na análise por segmentos, o grupo de serviços, que inclui iCloud, Apple Music e taxas da App Store, somou US$ 28,75 bilhões em receita, avanço de 15 % em comparação anual. A área é atualmente a que mais cresce dentro da Apple e fornece fluxo de caixa recorrente, apoiado em margens de lucro elevadas. O desempenho robusto contribuiu de forma relevante para o lucro bruto consolidado da empresa.
Computadores Mac retomam fôlego, enquanto categoria de wearables recua
As vendas de computadores Mac alcançaram US$ 8,72 bilhões, incremento de 13 % frente ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi impulsionado pela boa recepção do MacBook Air revisado, que chegou ao mercado com preço reduzido. Em sentido oposto, a divisão classificada como Outros Produtos — que abrange Apple Watch, AirPods e o headset Vision Pro — registrou leve retração e totalizou US$ 9,04 bilhões.
iPad mantém estabilidade antes da chegada de novo modelo
A linha de tablets contabilizou US$ 6,95 bilhões em vendas, virtualmente estável na comparação anual. A ausência de novos lançamentos durante o trimestre limitou crescimento adicional. O novo iPad Pro equipado com chip M5 foi apresentado apenas em outubro, posicionando-se fora do período fiscal analisado.
Desempenho regional sofre queda na Grande China
A receita proveniente da Grande China — área que inclui Hong Kong e Taiwan — recuou 4 % ano a ano, somando US$ 14,5 bilhões. Mesmo com o declínio, a empresa demonstra confiança numa retomada rápida, atribuindo a perspectiva de recuperação ao apelo global do iPhone 17 e à intensificação do tráfego em lojas físicas.
Encerramento do ano fiscal de 2025 mostra evolução ampla
Considerando todo o exercício fiscal encerrado em 2025, a Apple apresentou receita de US$ 416 bilhões, avanço de 6 % sobre 2024. O lucro líquido do período atingiu US$ 27,46 bilhões, número significativamente superior aos US$ 14,29 bilhões de um ano antes, quando um encargo tributário isolado impactou o resultado.
Margem bruta reforça resiliência diante de tarifas
No quarto trimestre fiscal, a margem bruta foi de 47,2 %, superando a projeção de 46,4 %. A companhia ressaltou que não repassou custos oriundos das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos fabricados na Ásia, preferindo absorver o impacto dentro da própria margem.
Avanços em inteligência artificial e atualização da Siri
A Apple confirmou que lançará uma versão aprimorada da assistente Siri no próximo ano. Além disso, continuará a ampliar parcerias no campo da inteligência artificial, incluindo integração do ChatGPT à sua plataforma Apple Intelligence. A empresa destaca que a intenção é expandir essas colaborações gradualmente, reforçando o portfólio de serviços avançados.
Síntese dos indicadores que sustentam o otimismo
Receita total trimestral: US$ 102,47 bilhões
 
Lucro por ação: US$ 1,85
 
Receita com iPhone: US$ 49,03 bilhões (+6 %)
 
Receita com serviços: US$ 28,75 bilhões (+15 %)
 
Receita com Mac: US$ 8,72 bilhões (+13 %)
 
Receita com iPad: US$ 6,95 bilhões (estável)
 
Receita em Outros Produtos: US$ 9,04 bilhões (leve queda)
 
Receita na Grande China: US$ 14,5 bilhões (–4 %)
 
Margem bruta: 47,2 %
 
Projeção de receita para trimestre de dezembro: crescimento de 10 % a 12 %
Cenário para o próximo trimestre
Diante do forte início de vendas do iPhone 17, do crescimento consistente em serviços e da expectativa de recuperação na Grande China, a Apple prevê que o trimestre de dezembro registrará o maior faturamento de sua história. A confirmação desse resultado dependerá, sobretudo, da capacidade de a companhia atender à demanda global pelos novos smartphones e de manter a estabilidade nas demais categorias de produtos e serviços.
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

Conteúdo Relacionado