Baterias de estado sólido: China avança rumo aos 1000 km

Baterias de estado sólido despontam como a próxima fronteira dos veículos elétricos, e pesquisadores chineses anunciaram avanços que podem colocá-las nas linhas de montagem antes do previsto.
Universidades e institutos, liderados pela Academia Chinesa de Ciências, revelaram soluções para ampliar a durabilidade, a segurança e a densidade energética das células, o que abre caminho para automóveis com mais de 1.000 km de autonomia e recarga mais rápida.
Baterias de estado sólido: China avança rumo aos 1000 km
Entre as descobertas destacadas pela emissora estatal CCTV estão:
• Cola especial com íons de iodo que melhora a ligação entre eletrodos e eletrólitos;
• Estrutura polimérica flexível capaz de suportar 20 mil dobras, elevando a capacidade em até 86%;
• Revestimento fluorado que protege a bateria contra altas temperaturas e perfurações.
Os testes indicam que um pack de 100 kg pode superar a marca de mil quilômetros sem recarga, desempenho que reforçaria a liderança chinesa em um mercado dominado atualmente por empresas locais como CATL e BYD. Segundo o portal Electrek, essas fabricantes já respondem por mais da metade das vendas globais de baterias.
Na prática, a corrida pela produção em larga escala avança: a SAIC apresentou o MG4 com bateria semi-sólida, enquanto a Toyota planeja lançar seu primeiro modelo totalmente equipado com células sólidas até 2028. A Mercedes-Benz, por sua vez, testou recentemente um protótipo que percorreu 1.205 km em uma única carga.
Especialistas apontam que a transição do eletrólito líquido para o sólido deve reduzir riscos de incêndio, aumentar a vida útil dos componentes internos e possibilitar designs mais leves, fatores decisivos para a popularização dos carros elétricos.
Com investimentos conjuntos de governo, indústria e academia, a China reforça seu objetivo de dominar a próxima geração de baterias — passo crucial na disputa global por veículos de zero emissão.
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Crédito da imagem: Shutterstock
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