Chips de IA: OpenAI e Broadcom desafiam domínio da Nvidia

Chips de IA ganham novo fôlego após o anúncio de uma parceria entre a OpenAI e a Broadcom para criar semicondutores personalizados, iniciativa que promete reduzir a dependência da Nvidia no mercado de inteligência artificial.
Divulgado em 13 de outubro de 2025, o acordo prevê que a OpenAI desenvolva a arquitetura dos aceleradores enquanto a Broadcom assume a fabricação e integração, formando uma infraestrutura de IA mais escalável e energeticamente eficiente.
Chips de IA: OpenAI e Broadcom desafiam domínio da Nvidia
Sam Altman, CEO da OpenAI, destacou que os chips sob medida são peça-chave para “destravar o potencial máximo da inteligência artificial”, beneficiando usuários e empresas. Charlie Kawwas, presidente da Broadcom, afirmou que os novos aceleradores se alinham às redes Ethernet scale-up e scale-out, oferecendo melhor custo e desempenho.
O cronograma estipula que o primeiro chip da colaboração será implementado no segundo semestre de 2026, com conclusão prevista para 2029. A estratégia segue movimentos de hyperscalers como Google e Amazon, que já investem em componentes próprios para fortalecer a autonomia de seus data centers.
A ofensiva da OpenAI inclui ainda um contrato fechado dias antes com a AMD para fornecimento de chips a seus data centers, reforçando a busca por poder computacional robusto. Esse conjunto de parcerias ocorre em meio à valorização recorde da empresa, que alcançou US$ 500 bilhões no início de outubro, tornando-se a startup mais valiosa do mundo.
Além do acordo principal, a Broadcom revelou, um dia depois, o chip de rede Thor Ultra. A solução dobra a largura de banda da versão anterior, otimizando a transferência de dados em sistemas de IA distribuídos, o que intensifica a competição com as interfaces de rede da Nvidia.
Para analistas, o movimento sinaliza uma nova etapa na “guerra dos chips”, em que eficiência energética e escala ditarão o ritmo da inovação. Conforme reportado pela Reuters, o setor monitora de perto os desdobramentos desse acordo.
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Imagem: Francesco Casagrande/TecMundo
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