Apple remove apps que rastreiam ICE da App Store iOS

Apple remove apps que rastreiam ICE da App Store iOS

Apple remove apps que rastreiam ICE da loja oficial do iOS, interrompendo novos downloads de ferramentas que notificavam usuários sobre operações do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE). A decisão afeta os aplicativos Eyes Up, ICEBlock, Red Dot e DEICER, suspensos desde 1º de outubro.

Os desenvolvedores afirmam que as remoções ocorreram após pressões do governo Donald Trump. Em 9 de outubro de 2025, a procuradora-geral Pam Bondi declarou que esses serviços colocavam em risco a segurança dos agentes, argumento repetido pela Apple nas comunicações enviadas aos responsáveis pelos softwares.

Apple remove apps que rastreiam ICE da App Store iOS

Nos avisos, a companhia citou violações às diretrizes da App Store e possíveis conteúdos difamatórios ou discriminatórios. O criador do ICEBlock, Joshua Aaron, contratou advogados para tentar reverter a medida e sustenta que o app utiliza dados públicos, semelhantes aos de plataformas como Mapas do Apple Maps e Google Maps.

O desenvolvedor conhecido como Mark, responsável pelo Eyes Up, já contestou duas vezes a exclusão e prometeu continuar recorrendo. Enquanto isso, usuários Android também enfrentam restrições: alguns dos mesmos aplicativos foram retirados da Play Store, restando apenas instalações via sideload.

Segundo reportagem da Wired, os downloads desses rastreadores dispararam após a volta de Trump ao poder, no início de 2025. Paralelamente, cresceram os pedidos oficiais para que as lojas de aplicativos bloqueassem o acesso às ferramentas, movimento que analistas qualificam como típico de regimes com tendência autoritária.

Apesar da retirada, quem já possui os programas instalados segue apto a utilizá-los. Várias equipes de desenvolvimento mantêm versões web, acessíveis por qualquer navegador, garantindo a continuidade do serviço de alertas sobre operações que, segundo grupos de direitos civis, vêm ocorrendo com abordagem violenta inclusive a imigrantes legalizados.

A Apple não comentou publicamente o caso até o momento. A empresa costuma alegar proteção à segurança de usuários e agentes da lei em decisões semelhantes, mas não há prazo para uma eventual revisão dos bloqueios.

Em meio ao debate, organizações de defesa de imigrantes avaliam que a remoção dos aplicativos restringe a disseminação de informações essenciais para comunidades vulneráveis, enquanto autoridades de imigração insistem na necessidade de sigilo operacional.

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Crédito da imagem: Scott Olson/Getty Images

zairasilva

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