Falhas em aviões: quatro problemas comuns e controláveis

Falhas em aviões: quatro problemas comuns e controláveis não representam, na maioria dos casos, risco extremo aos passageiros. De acordo com Guido Carim Junior, professor de aviação da Griffith University, na Austrália, a combinação de treinamento rigoroso, listas de verificação e sistemas de alerta de alta tecnologia permite que tripulações conduzam aeronaves a um pouso seguro mesmo diante de contratempos técnicos.
Os aviões comerciais trazem múltiplas camadas de redundância em todos os sistemas críticos. Sensores eletrônicos monitoram constantemente pressão, temperatura, combustível e desempenho geral, avisando imediatamente os pilotos sobre qualquer anomalia. Assim, ações corretivas são tomadas com antecedência, evitando que pequenos defeitos evoluam para situações mais sérias.
Falhas em aviões: quatro problemas comuns e controláveis
Entre as falhas mais frequentes está o sistema de pressurização. Quando ocorre perda parcial de pressão, os pilotos descem rapidamente para cerca de 10 mil pés, altitude em que a atmosfera permite a respiração sem auxílio. Em seguida, a tripulação pousa no aeroporto mais próximo para reparos.
Outro contratempo recorrente envolve falhas no motor. Após o alarme soar, o piloto identifica o propulsor afetado, corta seu funcionamento e ajusta a altitude ideal para continuar o voo com segurança. Dependendo da análise, o procedimento padrão inclui pouso preventivo.
Problemas hidráulicos também figuram na lista. Como esse sistema aciona comandos de voo e superfícies móveis, a tripulação recorre a listas de verificação específicas, ajusta velocidade, distância e configuração de flap para assegurar o controle da aeronave até o solo.
Por fim, estão as falhas no trem de pouso. Caso o conjunto não se estenda corretamente, os pilotos podem optar pela pista mais longa disponível ou até mesmo por um pouso de barriga, sempre comunicando a cabine sobre o impacto controlado. Mesmo nesses cenários, a estrutura do avião é projetada para absorver energia e proteger os ocupantes.
Segundo Carim, a maioria das ocorrências ativa “uma cadeia de defesas” que envolve design robusto, múltiplos sistemas de backup e treinamento intensivo. Esse conjunto reduz drasticamente a probabilidade de acidentes graves, mantendo a aviação como um dos meios de transporte mais seguros do mundo. Para mais detalhes técnicos, confira o artigo original publicado no portal The Conversation.
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Imagem: muratart/Shutterstock
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