Sonda Juno pode ter sido desligada; NASA permanece muda

Sonda Juno pode ter sido desligada; NASA permanece muda

Sonda Juno, responsável por investigar Júpiter e suas principais luas há mais de nove anos, pode ter sido definitivamente aposentada sem anúncio público da NASA. O cronograma oficial indicava operações até 30 de setembro, mas, passados sete dias, a agência não confirmou se a nave segue ativa.

Lançada em 2011 e inserida na órbita joviana em 5 de julho de 2016, a Juno nasceu como missão de 20 meses, mas superou expectativas e tornou-se uma das sondas planetárias mais longevas. Em 2021, a NASA estendeu seus trabalhos até 30 de setembro de 2025, porém a recente paralisação parcial do governo dos EUA deixou o status da espaçonave em suspenso.

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Sonda Juno pode ter sido desligada; NASA permanece muda

O silêncio contrasta com a importância científica da missão. Durante quase uma década, a sonda mediu água e amônia na atmosfera profunda de Júpiter, mapeou campos gravitacionais e magnéticos e analisou tempestades como a Grande Mancha Vermelha. Dados dos polos revelaram como partículas energéticas geram as impressionantes auroras do gigante gasoso.

Resultados que mudaram o estudo de Júpiter

Entre 2021 e 2023, a Juno realizou sobrevoos históricos por Ganimedes, Europa e Io, registrando detalhes de geologia, composição química e interação dessas luas com o ambiente joviano. As informações alimentam futuras missões, como a Europa Clipper, lançada em outubro de 2024 e prevista para chegar a Júpiter em 2030.

A possível interrupção agora preocupa cientistas, pois abriria uma lacuna de anos na coleta de dados até a chegada de novas sondas. De acordo com o portal Space.com, sem verba garantida para 2026, a missão não é tratada como essencial durante o shutdown norte-americano.

Perguntas sem resposta e incerteza orçamentária

A categoria “ciências planetárias” da NASA continua em revisão de prioridades. Caso a Juno tenha sido desligada, ela encerrará sua viagem com um legado robusto: mudança na compreensão do interior de Júpiter, confirmação de hidrogênio metálico em camadas profundas e refinamento de modelos de formação do Sistema Solar.

Até que a Casa Branca e o Congresso finalizem o orçamento, resta à comunidade astronômica aguardar um comunicado oficial. Enquanto isso, receptores na Terra monitoram sinais de telemetria na esperança de confirmar se a nave de 3,6 toneladas ainda transmite dados das proximidades do maior planeta do Sistema Solar.

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Crédito da imagem: NASA images/Shutterstock

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