ChatGPT físico: OpenAI planeja assistente portátil

ChatGPT físico é o próximo passo da OpenAI para levar a popular inteligência artificial ao mundo real. A empresa trabalha em um dispositivo portátil, sem tela, capaz de ouvir, enxergar e conversar com o usuário durante todo o dia, mas ainda enfrenta dilemas sobre personalidade, voz e privacidade.

O equipamento está sendo desenvolvido após a compra do estúdio LoveFrom, comandado pelo designer Jony Ive, ex-Apple. De acordo com fontes citadas pelo Financial Times, o protótipo tem o tamanho aproximado de um smartphone, múltiplas câmeras, microfone e alto-falante, permitindo que o usuário o carregue no bolso e interaja sem comandos específicos.

ChatGPT físico: OpenAI planeja assistente portátil

Um dos maiores desafios é definir a “alma” do aparelho. A OpenAI quer que ele funcione como um amigo, evitando a impressão de um companheiro amoroso ou intrusivo. Equilibrar maneirismos, tom de voz e a capacidade de entender quando iniciar ou terminar uma conversa tem consumido boa parte do desenvolvimento.

Diferentemente de Alexa ou Siri, o gadget não deve depender de uma palavra-chave para ativação; ele permanecerá sempre em escuta ativa. Esse modelo facilita a interação, mas amplia preocupações sobre coleta constante de dados, custos de processamento em nuvem e eventuais vedações regulatórias.

O primeiro modelo da família de dispositivos físicos pode chegar ao mercado entre o fim de 2026 e o início de 2027. A meta da OpenAI é entregar uma experiência “Siri, mas melhor”, acessível em preço e, ao mesmo tempo, discreta. Ainda assim, resta definir a barreira exata entre conveniência e privacidade.

Os debates ocorrem em meio a críticas à própria plataforma ChatGPT. Recentemente, um adolescente nos EUA obteve orientações para suicídio por meio do chatbot, reacendendo discussões sobre segurança de conteúdo. Segundo apuração do Washington Post, os novos controles parentais criados pela OpenAI podem ser contornados com facilidade, pressionando a empresa a reforçar filtros antes de migrá-los para o hardware.

Quer acompanhar cada passo das inovações em inteligência artificial? Acesse nossa editoria de ciência e tecnologia e fique por dentro das próximas novidades. Imagem: JarTee/Shutterstock