Caça autônomo europeu CA-1 visa domínio aéreo do futuro

Caça autônomo europeu CA-1 visa domínio aéreo do futuro — A empresa de defesa Helsing apresentou o modelo em tamanho real do jato não tripulado CA-1, projeto que promete colocar a Europa na linha de frente da aviação autônoma dentro de quatro anos, sem depender de tecnologias externas.
Desenvolvido na recém-adquirida subsidiária Grob Aircraft, o caça será produzido em parceria com diversos atores do ecossistema aeroespacial do continente. Segundo a companhia, a prioridade é criar uma cadeia de suprimentos totalmente europeia, escalável e resiliente a pressões geopolíticas.
Caça autônomo europeu CA-1 visa domínio aéreo do futuro
O CA-1 herda quatro anos de pesquisas da Helsing em sistemas aéreos autônomos, incluindo o piloto virtual Centaur, já testado em um Gripen da Saab. Equipado com software de consciência situacional e execução de missões, o jato poderá atuar sozinho ou em enxames, realizando desde ataques de precisão profunda até missões de reconhecimento de alto risco.
Torsten Reil, cofundador da Helsing, afirma que caças não tripulados se tornarão “capacidade fundamental para garantir segurança” e que “a Europa não pode ficar atrás nem depender de terceiros”. A diretora de domínio aéreo da empresa, Stephanie Lingemann, reforça que o futuro do combate “tem autonomia no centro”, onde software e inteligência artificial são determinantes.
O projeto inclui um sistema operacional que integra sensores, autodefesa e efetores, além de um módulo de Comando e Controle que auxilia operadores no planejamento de missões complexas. A fuselagem leve, projetada para produção em massa, permitirá velocidades subsônicas altas com custo operacional contido.
Em meio ao aumento dos investimentos em defesa no continente, a Helsing levantou € 600 milhões em junho, soma que se soma aos € 450 milhões captados em 2022. A rodada foi liderada por fundos como Prima Materia e Accel, com participação da sueca Saab. De acordo com a Agência Reuters, governos europeus aceleram programas de inovação militar para reduzir a dependência de fornecedores externos.
O executivo britânico da empresa, Ned Baker, declarou que o CA-1 poderá oferecer à Royal Air Force uma “capacidade de combate sem precedentes”, mantendo pilotos fora de perigo enquanto protege o espaço aéreo do Reino Unido.
Com a expectativa de voo inaugural até 2028, o novo caça autônomo europeu desponta como peça-chave na estratégia de autonomia estratégica da União Europeia e de seus aliados no cenário global de segurança.
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Imagem: Divulgação/Helsing
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