Carros elétricos: EUA ficam para trás na corrida global

Carros elétricos: EUA ficam para trás na corrida global

Carros elétricos: EUA ficam para trás na corrida global — As vendas de veículos a bateria ultrapassaram 1,2 milhão nos Estados Unidos em 2023, cinco vezes mais que há quatro anos. Apesar do salto, analistas alertam que a retirada do crédito fiscal de até US$ 7.500, válida até setembro, deve frear bruscamente o ritmo de adoção.

Nos três últimos meses, General Motors, Ford, Tesla e outras montadoras registraram recordes de vendas elétricas. O pico ocorreu em agosto, quando os elétricos representaram 10 % do mercado, segundo a S&P Global Mobility. Contudo, executivos como Jim Farley, da Ford, e Paul Jacobson, da GM, veem demanda em queda sem o incentivo federal.

Carros elétricos: EUA ficam para trás na corrida global

O contraste fica evidente quando comparado a outras regiões. Dados da Agência Internacional de Energia (IEA) mostram que elétricos e híbridos responderam por quase 30 % das vendas no Reino Unido em 2023 e por 20 % na Europa. Na China, maior mercado mundial, esses modelos já beiraram metade das vendas e devem virar maioria em 2024.

Especialistas atribuem a diferença ao menor apoio governamental norte-americano. Embora o presidente Joe Biden tenha definido a meta de 50 % de participação dos elétricos até 2030, o ex-presidente Donald Trump, pré-candidato em 2024, promete eliminar incentivos e afrouxar regras ambientais, alegando “imposição” ao consumidor.

Além do fim do subsídio, tarifas sobre carros e componentes importados, mantidas por Biden e Trump, elevam preços e barram a entrada de modelos chineses mais baratos. Em agosto, o valor médio de transação de um carro elétrico nos EUA era superior a US$ 57 mil, 16 % acima da média geral, conforme a Kelley Blue Book. O Nissan Leaf, opção mais acessível, parte de US$ 30 mil; no Reino Unido há modelos abaixo de £ 20 mil.

Diante do cenário, montadoras avaliam estratégias. A Hyundai cortou preços da linha Ioniq para compensar o incentivo perdido, enquanto a Tesla reajustou para cima os contratos de leasing. A consultoria S&P Global Mobility projeta queda de 2 % nas vendas gerais em 2026 e prevê um “ano difícil” já em 2025.

Pesquisadores do American Security Project alertam que a redução de investimentos compromete a competitividade das fábricas norte-americanas, ampliando o atraso diante de Europa e Ásia. Para a analista Stephanie Brinley, o mercado deve ficar “bem menor do que se imaginava” sem novos estímulos.

No curto prazo, o desempenho dos carros elétricos nos EUA dependerá de preços, juros e políticas públicas. Consumidores atentos a custos e infraestrutura definirão se o país consegue recuperar o terreno perdido na mobilidade elétrica.

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Crédito da imagem: Getty Images

zairasilva

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