Cessar-fogo em Gaza: esperanças e temores após proposta

Cessar-fogo em Gaza: esperanças e temores após proposta marca o clima entre israelenses e palestinos depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou um plano de paz no início da semana.
A iniciativa americana prevê a interrupção imediata dos bombardeios israelenses, enquanto o Hamas libertaria todos os reféns israelenses que ainda se encontram na Faixa de Gaza. Apesar do otimismo inicial, três novos ataques aéreos atingiram o território palestino nas primeiras horas de hoje, ampliando a desconfiança sobre a viabilidade de um acordo duradouro.
Cessar-fogo em Gaza: esperanças e temores após proposta
Trump afirmou acreditar que o Hamas está “pronto para uma paz duradoura” e exortou Israel a “parar o bombardeio de Gaza”. O grupo islâmico, por sua vez, declarou disposição para libertar todos os reféns, mas condicionou o gesto a novas negociações sobre pontos sensíveis do plano. Entre eles, permanecem sem resposta as exigências de desarmamento do Hamas e sua retirada de qualquer papel no governo local.
Autoridades israelenses se dizem céticas. Fontes militares alegam que interromper as operações antes de garantias concretas colocaria em risco a segurança nacional. Já familiares dos reféns veem na proposta a melhor chance de trazer seus entes de volta, pressionando o gabinete israelense a aceitar um cessar-fogo imediato.
Especialistas consultados pelo serviço internacional da BBC apontam que, sem consenso sobre a desmilitarização de Gaza, a trégua pode se tornar apenas mais um intervalo breve em um conflito prolongado.
Dentro do enclave, civis relatam medo e esperança em igual medida. “Queremos silêncio nos céus, mas não sabemos por quanto tempo”, disse um comerciante de Gaza City. Em Israel, sirenes de ataque aéreo voltaram a soar em comunidades próximas à fronteira, reforçando a sensação de insegurança.
A Casa Branca sinalizou que continuará a mediar conversas indiretas entre as partes. Diplomatas americanos aguardam respostas formais de Jerusalém e de líderes do Hamas ainda hoje. Se aceito, o cessar-fogo abriria caminho para discussões mais amplas sobre governança e reconstrução da Faixa.
Embora o ambiente seja volátil, analistas de paz destacam que a simples disposição para diálogo já representa avanço em comparação com rodadas anteriores, interrompidas por escaladas de violência.
Para acompanhar os desdobramentos deste possível acordo e outras análises sobre geopolítica, visite nossa editoria de Notícias e tendências e continue informado.
Crédito da imagem: BBC
Postagens Relacionadas