Dark Winds: série da Netflix é baseada em história real?

Dark Winds, sucesso recente no catálogo da Netflix, despertou a curiosidade do público sobre uma possível inspiração em fatos verídicos ao retratar crimes na Nação Navajo nos anos 1970.

Lançada originalmente pela AMC em 2022, a produção acompanha o tenente Joe Leaphorn (Zahn McClarnon) e o agente Jim Chee (Kiowa Gordon), policiais tribais encarregados de investigar delitos que parecem ter escapado das manchetes reais. Desde que chegou ao streaming em setembro, a série só fica atrás de “Desobedientes” em audiência global.

Dark Winds: série da Netflix é baseada em história real?

Apesar da ambientação histórica detalhada, a narrativa não se baseia em acontecimentos verdadeiros. Os roteiros, contudo, abordam questões sensíveis às comunidades indígenas norte-americanas, reforçando debates sobre território, identidade e violência.

A principal fonte criativa de “Dark Winds” é a coleção literária “Leaphorn & Chee”, assinada por Tony Hillerman. As temporadas disponíveis na Netflix adaptam, com liberdade, os romances “Listening Woman” e “People of Darkness”. A dramatização permite novos arcos e personagens, sem reproduzir integralmente a obra original.

Não é a primeira vez que os livros ganham as telas: em 1991, o telefilme “The Dark Winds” inaugurou as adaptações, seguido por produções da PBS no início dos anos 2000, focadas em “Skinwalkers”, “A Thief of Time” e “Coyote Waits”. Entretanto, essas versões tiveram distribuição restrita e pouca repercussão internacional.

Atualmente, três temporadas já foram produzidas pela AMC, e uma quarta foi confirmada para 2026. No Brasil, somente as duas primeiras estão na Netflix; o terceiro ciclo ainda não tem previsão oficial de estreia em plataformas nacionais, obrigando fãs a esperar ou recorrer a alternativas não oficiais.

O reconhecimento crítico também impulsiona a popularidade. No agregador Rotten Tomatoes, as três temporadas registram 100 % de aprovação, índice raro entre séries de suspense.

Em resumo, “Dark Winds” não adapta um caso real, mas utiliza ficção para discutir temas relevantes aos povos Navajo, somando atmosfera policial, precisão histórica e forte respaldo da crítica.

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Crédito da imagem: Divulgação/AMC