Ataque a sinagoga de Manchester: vítima teria sido alvejada

Ataque à sinagoga de Manchester: vítima teria sido alvejada marcou a celebração de Yom Kippur na quinta-feira (2/10). Autoridades apontam que um dos fiéis mortos pode ter sido atingido por disparo acidental de um policial que tentava impedir a entrada do agressor.

O atentado ocorreu na Heaton Park Congregation Synagogue, no bairro de Crumpsall, quando Jihad Al-Shamie, 35 anos, lançou o carro contra pedestres e, em seguida, atacou com faca. Ele usava um cinto que simulava explosivos e foi abatido por agentes sete minutos depois do início do ataque.

Ataque a sinagoga de Manchester: vítima teria sido alvejada

De acordo com o chefe da polícia de Greater Manchester, Stephen Watson, o legista identificou ferimento de bala em uma das duas vítimas fatais — Adrian Daulby, 53, e Melvin Cravitz, 66. Outro ferido internado também apresenta lesão compatível com projétil. A suspeita é de que ambos estavam atrás da porta da sinagoga, ajudando a conter o agressor.

Três pessoas seguem hospitalizadas em estado grave. O ataque, classificado como terrorismo, elevou o nível de alerta na cidade; patrulhas reforçadas permanecerão nas ruas até o fim de semana.

Al-Shamie, britânico de origem síria e naturalizado em 2006, não constava em bases de inteligência nem no programa Prevent. A polícia prendeu dois homens (30 anos) e uma mulher (60 anos) sob suspeita de participação na preparação de atos terroristas. Segundo reportagem do The Guardian, líderes judeus atribuem o episódio a uma “onda implacável” de antissemitismo.

O primeiro-ministro Keir Starmer visitou o local e condenou “ataque destinado a espalhar medo entre judeus”. A nova líder da Igreja da Inglaterra, bispa Sarah Mullally, declarou que “ódio e racismo não podem dividir o país”. Dados da Community Security Trust mostram mais de 1,5 mil incidentes antissemitas no Reino Unido no primeiro semestre, segundo maior total da série histórica.

Em meio à escalada de tensão, o governo pressiona pela suspensão de manifestações pró-Palestina, acusadas de fomentar discursos de ódio. Organizadores, porém, prometem manter protesto previsto para sábado em Londres.

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Crédito da imagem: Zoe Linkson