Demência por corpos de Lewy: diagnóstico de Milton Nascimento

Demência por corpos de Lewy: diagnóstico de Milton Nascimento é o novo desafio enfrentado pelo cantor de 82 anos, confirmado após exames clínicos realizados em 2024. Segundo relato de seu filho, Augusto Nascimento, o artista apresentou esquecimentos frequentes, perda de apetite e períodos de olhar fixo ainda no primeiro semestre, sintomas que levaram a família a procurar avaliação médica.
A confirmação ocorreu depois de uma viagem de motorhome pelos Estados Unidos. A demência por corpos de Lewy (DCL) é hoje o terceiro tipo mais comum de demência, atrás apenas do Alzheimer e da demência vascular. O quadro costuma surgir após os 60 anos e afeta mais homens, comprometendo memória, comportamento e movimentos.
Demência por corpos de Lewy: diagnóstico de Milton Nascimento
A doença resulta do acúmulo da proteína alfa-sinucleína, formando os chamados corpos de Lewy, que prejudicam a comunicação entre as células nervosas. De acordo com o National Institute on Aging (NIA), a DCL provoca flutuações cognitivas, rigidez muscular, tremores, alucinações visuais e distúrbios do sono. Esse conjunto de sinais pode se confundir com Alzheimer ou Parkinson, dificultando o diagnóstico precoce.
Sintomas variáveis desafiam a identificação precoce
No caso de Milton, quedas de atenção e repetição de histórias chamaram atenção da família. Exames de imagem, como ressonância magnética e cintilografia cerebral, ajudaram a descartar outras causas e apontaram redução da atividade dopaminérgica, típica da DCL. Especialistas alertam que não existe cura, mas terapias medicamentosas e acompanhamento multidisciplinar podem controlar alucinações, rigidez muscular e alterações de humor, mantendo a qualidade de vida por mais tempo.
Tratamento foca em qualidade de vida
A orientação médica envolve medicamentos que amenizam sintomas cognitivos e motores, além de fisioterapia, fonoaudiologia e suporte psicológico. A participação da família é considerada essencial para adaptar a rotina e garantir a segurança do paciente, já que a progressão da demência leva à perda gradual de autonomia.
Estudos buscam novos marcadores para diferenciar a DCL de outras doenças neurodegenerativas e, futuramente, retardar sua evolução. Enquanto isso, o diagnóstico correto permite evitar tratamentos que agravam o quadro, cenário destacado pelo NIA e por instituições brasileiras de referência.
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