Netanyahu enfrenta risco político com novo acordo de paz

Netanyahu enfrenta risco político com novo acordo de paz

Netanyahu enfrenta risco político com novo acordo de paz ao retornar de Washington, onde anunciou, ao lado de Donald Trump, um plano que prevê a troca de reféns e abre caminho para negociações sobre o futuro de Gaza.

Visivelmente esgotado, o primeiro-ministro israelense elogiou Trump como “o maior amigo que Israel já teve na Casa Branca”, mas sabe que ceder demais pode custar-lhe a coalizão. Aliados de extrema-direita, como Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir, ameaçam abandonar o governo caso o plano avance, pois rejeitam qualquer participação da Autoridade Palestina ou possibilidade de Estado palestino.

Netanyahu enfrenta risco político com novo acordo de paz

O acordo de paz esboçado apresenta condições duras: Gaza seguiria sob controle de segurança israelense enquanto se negocia um arranjo regional apoiado pelos Estados Unidos e por países árabes. Ainda assim, apenas a menção a uma eventual transição para a Autoridade Palestina contraria a base ultranacionalista do premiê. Segundo a emissora israelense Kan, o gabinete votará apenas a parte referente à libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, evitando aprovar formalmente os pontos mais controversos.

Donald Trump reconheceu o risco interno para Netanyahu, mas ofereceu a perspectiva de um “legado histórico” e a normalização com vizinhos árabes. Analistas em Jerusalém avaliam que, após sete meses de conflito, recusar a proposta poderia isolar Israel e enfraquecer o apoio de Washington, essencial para a continuidade das operações militares em Gaza.

Questionado pela imprensa israelense, Netanyahu reforçou que “resistirá à criação de um Estado palestino” e negou que o texto traga tal compromisso explícito. Mesmo assim, o discurso provocou reações imediatas de Smotrich e Ben-Gvir, que voltaram a defender a anexação de Gaza e o restabelecimento de assentamentos judeus no enclave.

Além da turbulência doméstica, o chefe de governo enfrenta processos de corrupção na Justiça. O presidente Isaac Herzog já sinalizou a possibilidade de perdão presidencial, cenário que aumentaria a pressão por uma saída honrosa, caso a coalizão rache e eleições antecipadas sejam convocadas — pesquisas apontam derrota do premiê.

Segundo BBC News, parte da estratégia de Netanyahu pode ser deixar a decisão final nas mãos do Hamas: se o grupo recusar ou não conseguir controlar suas alas militares, Israel alegaria legitimidade para continuar a ofensiva, mantendo coesa a opinião pública interna.

Com o impasse, o premiê tenta ganhar tempo, prática recorrente em sua carreira. Mas, pela primeira vez desde outubro, o custo de evitar um entendimento parece maior que o de aceitá-lo, colocando seu futuro político na balança.

Para acompanhar os desdobramentos deste acordo de paz e outras análises sobre geopolítica, visite nossa editoria de tendências em Notíciase tendências e continue atualizado.

Crédito da imagem: Getty Images

zairasilva

Olá! Eu sou a Zaira Silva — apaixonada por marketing digital, criação de conteúdo e tudo que envolve compartilhar conhecimento de forma simples e acessível. Gosto de transformar temas complexos em conteúdos claros, úteis e bem organizados. Se você também acredita no poder da informação bem feita, estamos no mesmo caminho. ✨📚No tempo livre, Zaira gosta de viajar e fotografar paisagens urbanas e naturais, combinando sua curiosidade tecnológica com um olhar artístico. Acompanhe suas publicações para se manter atualizado com insights práticos e interessantes sobre o mundo da tecnologia.

Postagens Relacionadas

Go up

Usamos cookies para garantir que oferecemos a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você está satisfeito com ele. OK