Excesso de proteína sobrecarrega rins e pode afetar coração

Excesso de proteína sobrecarrega rins e pode afetar coração

Excesso de proteína na dieta, prática comum entre quem busca ganho muscular ou emagrecimento rápido, pode trazer mais riscos que benefícios, alertam especialistas. Ao ultrapassar as necessidades individuais, o organismo precisa converter ou eliminar o excedente, processo que exige esforço extra de rins e fígado.

Diferentemente de carboidratos e gorduras, que são estocados como glicogênio ou tecido adiposo, a proteína não possui reserva específica. Por isso, seu consumo exagerado — acima de cerca de 2 g por quilo de peso corporal para adultos saudáveis — leva à produção de resíduos nitrogenados que sobrecarregam os órgãos filtradores.

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Excesso de proteína sobrecarrega rins e pode afetar coração

Estudos indicam que dietas com mais de 22 % das calorias vindas de proteína ativam vias inflamatórias em células imunes, favorecendo a formação de placas nas artérias e aumentando o risco cardiovascular. Ao mesmo tempo, a alta ingestão pode elevar a incidência de cálculos renais e acelerar danos preexistentes no sistema renal.

Como o corpo lida com a proteína em excesso

No trato gastrointestinal, as proteínas são quebradas em aminoácidos que, quando sobram, transformam-se em glicose ou gordura, ou viram ureia para excreção urinária. Esse caminho metabólico intensifica a carga hepática e renal. Pessoas com doença renal crônica, hipertensão ou predisposição a pedras nos rins devem redobrar a vigilância.

Origem da proteína faz diferença

Proteínas animais costumam vir acompanhadas de gordura saturada, colesterol e aditivos. Já fontes vegetais oferecem fibras e antioxidantes, compondo opção menos agressiva ao metabolismo. A Harvard T.H. Chan School of Public Health recomenda combinar carnes magras, leguminosas, grãos integrais e oleaginosas para garantir perfil completo de aminoácidos sem sobrecarga.

Limites seguros e estratégias de prevenção

Para a população geral, recomenda-se entre 0,8 g e 1,5 g de proteína por quilo de peso, subindo até 2 g/kg apenas em casos de atletas sob supervisão profissional. Ultrapassar esse teto repetidamente não gera ganho muscular proporcional e pode resultar em constipação, desequilíbrios nutricionais e perda de densidade óssea.

Para evitar problemas, especialistas sugerem:

  • Distribuir a proteína ao longo do dia em pequenas porções;
  • Priorizar carnes brancas, peixes, ovos, laticínios magros e leguminosas;
  • Manter hidratação adequada para facilitar a excreção de ureia;
  • Evitar dietas extremas baseadas quase exclusivamente em proteína;
  • Realizar exames periódicos que avaliem função renal e hepática.

Em caso de suplementação, a orientação profissional é indispensável para ajustar doses e monitorar marcadores sanguíneos.

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Imagem: macrovector/Freepik

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