Netanyahu critica reconhecimento do Estado Palestino na ONU

Netanyahu critica reconhecimento do Estado Palestino na ONU

Netanyahu critica reconhecimento do Estado Palestino na ONU logo na abertura de seu discurso na Assembleia-Geral, classificando as recentes decisões de países ocidentais como “marca de vergonha” e afirmando que o gesto incentiva a violência contra judeus.

Ao subir ao púlpito, o primeiro-ministro de Israel viu dezenas de diplomatas abandonarem o plenário em protesto, deixando setores inteiros do salão praticamente vazios. Do lado de fora, em Times Square, manifestantes condenavam a guerra em Gaza.

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Netanyahu critica reconhecimento do Estado Palestino na ONU

O líder israelense mencionou Reino Unido, França, Canadá, Austrália e outras nações que nesta semana reconheceram formalmente a Palestina. Segundo ele, a medida “envia a mensagem de que assassinar judeus compensa”. Netanyahu reiterou que “a esmagadora maioria dos israelenses” não aceitará um Estado palestino, posição também defendida por seu governo.

Mapa de “A Maldição” e comparações com 11 de Setembro

Em tom combativo, o premiê exibiu um mapa intitulado “A Maldição”, que, de acordo com ele, mostra grupos financiados pelo Irã em todo o Oriente Médio. Ele citou operações israelenses recentes contra Hezbollah, Houthis e Hamas, além de agradecer ao ex-presidente Donald Trump pelo envolvimento dos EUA no bombardeio ao sítio nuclear de Fordo, em junho.

Netanyahu relacionou o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 aos atentados de 11 de setembro de 2001, dizendo que Israel e Estados Unidos enfrentam “os mesmos inimigos”, que entoam cânticos de “morte à América”.

Rejeição a acusações de genocídio e restrição de ajuda

O chefe de governo refutou a conclusão de uma comissão de inquérito das Nações Unidas que apontou genocídio em Gaza e negou relatos de agências da ONU sobre bloqueio deliberado de ajuda humanitária. Em agosto, um organismo apoiado pela ONU confirmou ocorrência de fome na Cidade de Gaza.

Transmissão forçada e críticas internas

Antes do discurso, Netanyahu ordenou a instalação de alto-falantes em caminhões perto da Faixa de Gaza para transmitir suas palavras aos habitantes do território. Ele afirmou que celulares locais haviam sido hackeados para exibir a transmissão, algo que residentes negaram. O objetivo, disse, era enviar uma mensagem aos 48 reféns ainda em Gaza.

Dentro de Israel, a fala gerou reação imediata. O líder oposicionista Yair Lapid classificou o pronunciamento de “cansado e queixoso”, enquanto Yair Golan, do partido Democratas, chamou a iniciativa dos alto-falantes de “infantil e insana”.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarara um dia antes estar disposto a colaborar com líderes globais por um plano de paz. Já Donald Trump afirmou, após o discurso de Netanyahu, acreditar que “um acordo para Gaza” está próximo, sem detalhar.

Mais detalhes sobre a repercussão internacional podem ser lidos na BBC: reportagem completa.

Apesar do interesse público, jornalistas estrangeiros continuam proibidos de entrar de forma independente na Faixa de Gaza desde o início do conflito, há quase dois anos, o que dificulta a verificação de informações de ambos os lados.

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Crédito da imagem: Getty Images

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