Vladimir Plahotniuc é extraditado da Grécia para Moldávia

Vladimir Plahotniuc é extraditado da Grécia para Moldávia

Vladimir Plahotniuc, oligarca de 59 anos e ex-líder do Partido Democrático da Moldávia, desembarcou algemado em Chisinau na manhã desta quinta-feira depois de ser extraditado pela Grécia sob acusação de envolvimento no desvio de US$ 1 bilhão de três bancos moldavos.

Segundo o Ministério do Interior, o empresário chegou em voo procedente de Atenas, foi entregue a agentes da Interpol e levado a um centro de detenção na capital. Plahotniuc é réu em vários processos por corrupção e lavagem de dinheiro, mas nega qualquer irregularidade e promete “provar a inocência” nos tribunais.

Vladimir Plahotniuc é extraditado da Grécia para Moldávia

A transferência ocorre a três dias das eleições parlamentares de 28 de setembro, consideradas decisivas para o futuro europeu do país. A presidente Maia Sandu alertou para o risco de Moscou “semear violência e desinformação” para minar a independência moldava. “Mesmo criminosos que pareciam intocáveis chegam à Justiça”, afirmou em rede social.

Plahotniuc deixou a Moldávia em 2019, quando seu partido perdeu o poder. Desde 22 de julho, estava preso no aeroporto de Atenas após pedido de captura internacional de Chisinau. O advogado Lucian Rogac acusa o governo pró-UE de transformar o caso em “espetáculo político” e diz que direitos fundamentais do cliente foram violados no processo de extradição.

O ex-deputado é apontado como um dos principais articuladores do chamado “roubo do século”, o sumiço de US$ 1 bi — valor superior a 10 % do PIB moldavo de 2014. A investigação sustenta que o esquema envolveu empréstimos fraudulentos e empresas de fachada para drenar recursos dos bancos Banca de Economii, Banca Social e Unibank.

A pressão externa também ganhou peso na campanha. Nesta semana, Sandu acusou o Kremlin de “derramar centenas de milhões de euros” para influenciar o pleito, enquanto serviços de inteligência russos falaram em “falsificação descarada” dos resultados e até eventual “incursão armada” da União Europeia.

Reportagem da BBC revelou uma rede financiada por interesses russos e ligada ao foragido Ilan Shor que paga usuários para publicar conteúdo falso contra o governo moldavo. As postagens, segundo a emissora, já alcançaram milhões de visualizações.

No mesmo tom, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse na ONU que a Europa “não pode perder a Moldávia” para a influência de Vladimir Putin. Partidos pró-Rússia, por sua vez, acusam Sandu de intimidação eleitoral e alegam que o combate à corrupção avança lentamente.

Com a chegada de Plahotniuc, autoridades moldavas esperam reforçar o discurso anticorrupção e reduzir o impacto da desinformação na reta final da campanha.

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Crédito da imagem: Reuters

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