Protestos da Geração Z na Ásia revelam poder e perigo

Protestos da Geração Z na Ásia revelam poder e perigo

Protestos da Geração Z na Ásia revelam poder e perigo ganharam força nos últimos meses, impulsionados por uma combinação de indignação contra a corrupção e uso intenso de redes sociais. De Kathmandu a Jacarta, jovens conectados mobilizam multidões, derrubam autoridades e, ao mesmo tempo, enfrentam acusações de provocar caos.

O estopim ocorreu no Nepal, quando a luxuosa cerimônia de casamento da filha de um político bloqueou vias em Bhaktapur. Imagens de supostos “nepo kids” — filhos de autoridades exibindo mansões, carros e grifes — viralizaram e catalisaram a revolta. Em 8 de setembro, milhares foram às ruas; confrontos deixaram mais de 70 mortos e levaram o premiê KP Sharma Oli a renunciar.

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Protestos da Geração Z na Ásia revelam poder e perigo

Fenômeno similar tomou Indonésia e Filipinas. Hashtags como #IndonesiaGelap e #SEAblings divulgaram denúncias de subsídios a parlamentares e fundos desviados. No último domingo, dezenas de milhares se reuniram em Manila exigindo investigações independentes.

IAs e redes sociais aceleram mobilização

Aplicativos como TikTok, Discord e ferramentas de IA (ChatGPT, Grok, DeepSeek) permitiram a grupos como os “Gen Z Rebels” nepaleses produzir dezenas de vídeos por dia, contornando bloqueios governamentais com VPNs. Segundo o BBC, um único clipe alcançou 135 mil visualizações em 24 horas, impulsionado por influenciadores regionais.

Essa estratégia digital fortaleceu laços transnacionais. O emblema de caveira criado por indonésios foi adotado por manifestantes filipinos e nepaleses, enquanto a expressão “nepo kids” tornou-se sinônimo de privilégios ilícitos em todo o Sudeste Asiático.

Governos reagem com concessões e repressão

Autoridades tentam equilibrar diálogo e força. A Indonésia cancelou auxílios habitacionais a parlamentares e restringiu viagens oficiais; no Nepal, investiga-se suposto excesso policial. O presidente filipino Ferdinand Marcos instalou comissão para auditar verbas de prevenção a enchentes, prometendo “sem vacas sagradas”. Paralelamente, líderes denunciam “infiltrados” e “terrorismo” nas ruas.

Desafios para transformar protesto em mudança

Especialistas alertam que revoltas digitais nem sempre geram reformas estruturais. A natureza horizontal dos movimentos dificulta liderança estável e planejamento de longo prazo. Steven Feldstein, do Carnegie Endowment, observa que algoritmos alimentam indignação, mas não substituem estratégia política consistente. No passado, a revolução nepalesa de 2006 derrubou a monarquia, porém o país viveu 17 governos em 17 anos, sem avanços socioeconômicos significativos.

Mesmo assim, ativistas como o nepales Aditya, 23, garantem ter aprendido com erros anteriores. “Não seguimos líderes como deuses”, diz. Para ele, a combinação de vigilância cidadã permanente e tecnologia pode tornar-se antídoto definitivo contra a corrupção sistêmica.

Os protestos da Geração Z evidenciam o duplo fio das redes: potencial para derrubar barreiras históricas — e risco de ampliar a violência. O desfecho dependerá da capacidade de transformar hashtags em políticas públicas que reduzam a desigualdade que alimenta a fúria juvenil.

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Crédito da imagem: Ezra Acayan/Getty Images

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