Crânio ancestral dos répteis revoluciona história evolutiva

Crânio ancestral dos répteis revoluciona história evolutiva

Crânio ancestral dos répteis encontrado em uma praia de Devon, no Reino Unido, acaba de redefinir o ponto de partida da linhagem que deu origem a lagartos, cobras e ao tuatara. Com apenas 1,5 cm, o fóssil tem 242 milhões de anos e pertence ao mais antigo lepidosauro já registrado.

Batizado de Agriodontosaurus helsbypetrae, o animal viveu no Triássico Médio. Pesquisadores da Universidade de Bristol confirmaram tratar-se de um lepidosauro após análises de microtomografia, portanto anterior a todos os fósseis conhecidos desse grupo.

Crânio ancestral dos répteis revoluciona história evolutiva

Diferentemente do que se esperava para os primeiros representantes da linhagem, o crânio não apresenta dentes no palato nem articulações cranianas flexíveis. Em compensação, exibe uma barra temporal inferior aberta, característica que amplia a mobilidade da mandíbula e sugere um repertório alimentar diversificado desde cedo.

Os dentes grandes e triangulares indicam dieta à base de insetos, padrão observado no tuatara moderno — réptil neozelandês considerado o último sobrevivente de sua ordem. A descoberta mostra que, enquanto lagartos e cobras evoluíram para crânios mais flexíveis, o tuatara manteve uma estrutura óssea rígida, estratégia eficaz para capturar presas pequenas e resistentes.

A equipe afirma que pressões ambientais distintas moldaram essas trajetórias opostas. Lagartos e serpentes perderam a barra óssea inferior para explorar presas maiores, enquanto o tuatara preservou a anatomia ancestral. O estudo, detalhado na revista Nature, reforça a diversidade anatômica precoce dos lepidosauros e ajuda a explicar sua notável capacidade de adaptação ao longo de milhões de anos.

Mesmo cabendo na palma da mão, o fóssil preenche uma lacuna essencial na árvore dos répteis, ao revelar que a diversidade estrutural já existia logo após a extinção do Permiano. A partir desse registro, cientistas podem recalibrar cronogramas evolutivos e compreender melhor como mudanças climáticas e ecológicas impulsionaram a radiação do grupo.

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Crédito da imagem: Sid Mosdell/Wikimedia

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