IA generativa reduz pensamento crítico, indica estudo

IA generativa reduz pensamento crítico, indica estudo

IA generativa reduz pensamento crítico, indica estudo — Pesquisadores da Microsoft Research e da Universidade Carnegie Mellon concluíram que profissionais que recorrem a ferramentas de inteligência artificial passam a depender menos de suas próprias habilidades analíticas.

O levantamento analisou 319 trabalhadores do conhecimento de países como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, atuantes em ciência da computação, matemática, design e negócios. Foram registrados 936 casos de uso da IA, majoritariamente para geração de ideias e busca de informações, revelando queda no rigor crítico e risco de aceitação cega de respostas imprecisas.

IA generativa reduz pensamento crítico, indica estudo

Segundo o estudo, muitos participantes relataram recorrer à IA para “economizar tempo”, abrindo mão da reflexão sobre os resultados entregues. Essa confiança, destacam os autores, pode ser perigosa: chatbots chegam a apresentar taxas de “alucinação” de até 33 % em determinadas versões de modelos avançados.

Para Briana Vecchione, pesquisadora da ONG Data & Society, o formato conversacional faz com que usuários antropomorfizem a tecnologia, aceitando-a como fonte inquestionável. O neurocientista cognitivo Viktor Kewenig, da Microsoft Research Cambridge, alerta que essa transferência de responsabilidade cognitiva reduz a capacidade de avaliação independente.

O trabalho também sugere que tarefas percebidas como “de baixo risco” são particularmente vulneráveis. “Quando existe prazo apertado, o engajamento crítico cede lugar à velocidade”, afirmou Lev Tankelevitch, coautor do estudo, ao portal Undark, veículo de referência em divulgação científica.

A pesquisa reforça a necessidade de projetar sistemas que fomentem a checagem de fatos. Sem mecanismos claros de verificação, o efeito pode se agravar em áreas sensíveis como medicina e saúde, onde erros de informação têm consequências diretas para a segurança pública.

Especialistas recomendam criar rotinas de dupla checagem e manter atualização constante sobre limitações técnicas dos modelos. “É fundamental lembrar que os algoritmos não pensam; eles recombinam dados em grande escala”, diz o relatório.

Em síntese, enquanto a IA generativa avança como suporte produtivo, o estudo aponta que usuários precisam reequilibrar eficiência com julgamento crítico, sob pena de comprometer qualidade e precisão em decisões estratégicas.

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Crédito da imagem: tadamichi/Shutterstock

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