Explosão de raios gama inédita intriga astrônomos

Explosão de raios gama inédita intriga astrônomos

Explosão de raios gama inédita intriga astrônomos ao exibir características jamais observadas em meio século de estudos. Batizada de GRB 250702B, a emissão extrema de energia foi detalhada em artigo do The Astrophysical Journal Letters e monitorada por instrumentos como o Very Large Telescope (VLT), no Chile.

As explosões de raios gama (GRBs) costumam durar de milissegundos a poucos minutos, mas a GRB 250702B manteve-se ativa por quase 24 horas, de 100 a 1.000 vezes mais tempo que o padrão. Além disso, o telescópio espacial Fermi registrou três picos distintos de radiação, algo incomum, pois GRBs são considerados eventos únicos e catastróficos.

Explosão de raios gama inédita intriga astrônomos

Inicialmente, os pesquisadores suspeitaram que o fenômeno estivesse dentro da Via Láctea. Observações de alta resolução feitas com a câmera HAWK-I, acoplada ao VLT, revelaram, porém, que a fonte se encontra em uma galáxia a bilhões de anos-luz. O Telescópio Espacial Hubble confirmou a distância, ampliando a perplexidade sobre a intensidade do evento.

A natureza exata da GRB 250702B permanece desconhecida. Entre as hipóteses consideradas estão o colapso de uma estrela massiva — embora a longa duração conflite com modelos atuais — ou a destruição de uma estrela exótica por um buraco negro raro. Para refinar essas possibilidades, a equipe segue coletando dados com o espectrógrafo X-shooter, do VLT, e com o Telescópio Espacial James Webb.

Antonio Martin-Carrillo, da University College Dublin, destaca que nenhum modelo teórico cobre totalmente o comportamento observado. Já Andrew Levan, da Universidade Radboud, lembra que a sequência de picos luminosos reforça a necessidade de rever conceitos sobre como a energia é liberada em escalas cosmológicas.

O estudo demonstra que o Universo ainda guarda surpresas e reforça a relevância de observatórios de ponta. Segundo o Observatório Europeu do Sul (ESO), novas campanhas de monitoramento devem ocorrer nas próximas semanas para tentar identificar a galáxia hospedeira e, assim, restringir a origem do fenômeno.

No panorama científico, cada anomalia desse tipo impulsiona o avanço do conhecimento sobre a vida e morte das estrelas, bem como sobre os mecanismos que geram as explosões mais energéticas conhecidas.

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Crédito: ESO/A. Levan, A. Martin-Carrillo et al.

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