Imagens do Holocausto geradas por IA viram lucro no Facebook

Imagens do Holocausto geradas por IA viram lucro no Facebook

Imagens do Holocausto geradas por IA viram lucro no Facebook

Imagens do Holocausto geradas por IA viram lucro no Facebook — uma investigação da BBC revelou que criadores de conteúdo, sobretudo no Paquistão, divulgam fotos falsas de supostas vítimas de Auschwitz para atrair engajamento e faturar com o programa de monetização da Meta.

Imagens do Holocausto geradas por IA viram lucro no Facebook

Organizações dedicadas à preservação da memória do Holocausto denunciam que o tsunami de imagens do Holocausto geradas por IA está causando sofrimento a sobreviventes e familiares. O porta-voz do Memorial de Auschwitz, Pawel Sawicki, classificou a prática como um “jogo emocional” que banaliza o sofrimento real de milhões de pessoas.

A BBC rastreou dezenas de páginas que publicam quase exclusivamente o que especialistas apelidaram de “AI slop” — conteúdo produzido em massa por inteligência artificial, com baixa qualidade e forte apelo emocional. Entre elas, destaca-se um perfil chamado Abdul Mughees, que chegou a publicar capturas de tela alegando ganhos de até US$ 20 mil graças ao esquema de monetização do Facebook. O mesmo perfil afirma ter alcançado 1,2 bilhão de visualizações em apenas quatro meses.

Embora não seja possível verificar de forma independente esses rendimentos, a investigação mostra uma rede internacional que inclui contas na Índia, Vietnã, Tailândia e Nigéria. Segundo o criador paquistanês Fazal Rahman, uma página com 300 mil seguidores pode render cerca de US$ 1 mil ao mês quando o público-alvo é formado por usuários de Reino Unido, Estados Unidos ou Europa — visualizações consideradas “premium”.

O tema “História” é apontado pelos criadores como porto seguro para engajamento. Vídeos tutoriais encontrados pela BBC ensinam passo a passo como gerar imagens e narrativas falsas sobre eventos históricos, citando explicitamente o Holocausto como exemplo de assunto que “viraliza”. Algumas páginas envolvidas no esquema já se apresentaram como corporações norte-americanas ou até bombeiros, numa tentativa de driblar as políticas de autenticidade da Meta.

A Meta informou ter removido perfis e grupos indicados pela BBC por violar regras de spam e comportamento inautêntico. A empresa negou incentivar conteúdos falsos, mas reconheceu que seu sistema de recompensas privilegia publicações com alto nível de interação.

Especialistas alertam que a proliferação dessas imagens geradas por IA põe em xeque esforços educacionais sobre o Holocausto. Dr. Robert Williams, da International Holocaust Remembrance Alliance, teme que a manipulação extrema alimente a percepção de que a própria história seria inventada.

O Memorial de Auschwitz, que já havia denunciado a distorção histórica em postagens semelhantes, reitera que há pouquíssimas fotografias genuínas feitas dentro do campo durante a Segunda Guerra. Desse modo, qualquer conteúdo artificial pode confundir usuários e minar a credibilidade de registros autênticos.

Para saber mais sobre o impacto da inteligência artificial na sociedade, visite nossa editoria de Ciência e Tecnologia e acompanhe as atualizações.

Crédito da imagem: BBC

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Imagem: Internet

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