Israel ataca Hospital Nasser quatro vezes, aponta análise

Israel ataca Hospital Nasser quatro vezes, aponta análise

Israel ataca Hospital Nasser quatro vezes, aponta análise

Israel ataca Hospital Nasser em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, pelo menos quatro vezes durante a ofensiva de segunda-feira (24), segundo verificação da BBC. A sequência de explosões deixou ao menos 20 mortos, entre eles cinco jornalistas, e provocou condenação internacional.

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Quatro impactos confirmados

Imagens obtidas por freelancers e testemunhas foram examinadas pelo núcleo BBC Verify. O material mostra que, às 10h08 locais (07h08 GMT), dois mísseis atingiram simultaneamente escadarias nos lados leste e norte do complexo. Nove minutos depois, enquanto socorristas e repórteres se agrupavam na parte leste, outros dois projéteis atingiram quase no mesmo instante a mesma área exposta.

O jornalista Hussam Al-Masri, que transmitia ao vivo para a Reuters, morreu na primeira detonação. Vídeos subsequentes registram feridos sendo retirados da ala norte e a diretoria de enfermagem exibindo roupas ensanguentadas de uma funcionária que atuava no centro cirúrgico.

Munições e possível participação de dois tanques

Especialistas em armamentos consultados identificaram indícios de mísseis guiados Lahat, capazes de ser lançados por tanques, drones ou helicópteros. Para Amael Kotlarski, analista da Janes, o intervalo de milissegundos entre o terceiro e o quarto disparos indica a atuação de, no mínimo, dois blindados, pois um único veículo não recarregaria tão rápido. Já N R Jenzen-Jones, da Armament Research Services, apontou características compatíveis com o projétil israelense M339.

Imagens de satélite analisadas pela BBC revelam unidades das Forças de Defesa de Israel (IDF) posicionadas a 2,5 km ao nordeste do hospital, dentro do raio de alcance.

Pronunciamentos e debate legal

O Exército israelense limitou-se a dizer que “lamenta qualquer dano a civis não envolvidos” e anunciou investigação preliminar. No dia seguinte, afirmou ter visado uma câmera instalada pelo Hamas nas proximidades do hospital, sem apresentar provas. Até agora, não reconheceu mais de um ataque.

Para a professora Janina Dill, da Universidade de Oxford, o bombardeio pode violar a Quarta Convenção de Genebra, que protege instalações médicas. O Alto Comissariado da ONU lembra que ataques desproporcionais a civis configuram crime de guerra.

Conflito continua mortal

Desde 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou o sul de Israel, 1.200 pessoas morreram e 251 foram feitas reféns. Em resposta, a campanha israelense já causou cerca de 62,9 mil mortes em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. A ONU contabiliza 247 jornalistas mortos, tornando o conflito o mais letal para a imprensa já registrado.

Este caso reforça o debate sobre a proteção de civis e profissionais de mídia em zonas de conflito. Para acompanhar análises aprofundadas sobre guerras e tecnologia militar, visite a editoria de Notícias e Tendência do nosso site.

Crédito da imagem: BBC

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Imagem: Internet

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